As bolsas de pobreza, agora alargadas pela severa crise, pela subida dos preços de consumo e pela política de austeridade, com o anunciado apertar os cintos por parte do Primeiro Ministro, José Ulisses Correia e Silva, tornam as populações mais vulneráveis não só às verguinhas e ao cimento, mas ao aliciamento eleitoral, em favor do candidato Carlos Veiga que já deu garantias ao Executivo de poder vir a ser o presidente cúmplice das medidas estruturais que já assomam na próxima esquina.
Uma frase de José Maria Neves foi descontextualizada pela campanha de Carlos Veiga e, com a preciosa interpretação da Comissão Nacional de Eleições, terá advertido o candidato que tenha dito “se oferecerem dinheiro, tomem e peçam mais, mas votem onde manda o vosso coração”.
A questão de fundo na frase de José Maria Neves, num discurso em que criticava o oportunismo do Governo em oferecer dinheiro às pessoas, aproveitando as suas fragilidades neste momento da crise para fins eleitorais, e que denunciava essa operação como “corrupção eleitoral”, algo que algumas autoridades fingem não ver, saber ou conhecer, era a pedagogia do “votem onde manda o vosso coração”.
A Candidatura de Carlos Veiga não se faz rogada em aliciar o eleitorado com kits que só Deus sabe tudo o que levam e promessas que de fará o Governo, que o apoia descaradamente, a resolver os pequenos problemas de quem nele votar. É a mais vergonhosa “compra de votos” jamais levado a cabo na história da democracia cabo-verdiana.
As bolsas de pobreza, agora alargadas pela severa crise, pela subida dos preços de consumo e pela política de austeridade, com o anunciado apertar os cintos por parte do Primeiro Ministro, José Ulisses Correia e Silva, tornam as populações mais vulneráveis não só às verguinhas e ao cimento, mas ao aliciamento eleitoral, em favor do candidato Carlos Veiga que já deu garantias ao Executivo de poder vir a ser o presidente cúmplice das medidas estruturais que já assomam na próxima esquina.
A mensagem de José Maria Neves que, tanto Carlos Veiga e a CNE sabem da intenção e do alcance, vai no sentido da denúncia e do combate à compra das consciências e dos votos. Ao exortar as pessoas que votem conforme as suas cabeças e os seus corações mandarem e não pelos “dinheiros” recebidos do Governo, que são recursos públicos de todos os cabo-verdianos, José Maria Neves manda não só um recado à navegação sobre a utilização indevida de bens públicos, como um aviso claro a todos quantos estejam com as “mãos sujas” nestes processo que, para além dos recursos e meios do Estado, envolve dinheiros das maçonarias, das lavagens e dos paraísos fiscais.
Pelas posições infundadas e de má fé, José Maria Neves intenta um processo crime.
A questão é cabeluda e temerária. Os criminosos e seus cúmplices, apesar dos atos de desespero, sabem que o fim está próximo. Os cabo-verdianos votarão no dia 17 de outubro como mandam os seus corações.
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