Pedro Alexandre Tavares Rocha manifesta, num post publicado no facebook, a sua disponibilidade em candidatar-se à Câmara Municipal de Santa Cruz nas eleições de 2020, com o apoio do MpD, partido a que pertence desde a sua criação.
Este professor e político, hoje aposentado, afirma que “é com espírito de humildade e sentido de responsabilidade” que torna público esta disponibilidade em candidatar-se ao cargo de presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, nas eleições autárquicas de 2020.
“Desde as eleições autárquicas de 2016 que tenho sido solicitado por muitos munícipes de Santa Cruz (militantes, simpatizantes, amigos do MpD e cidadãos independentes) para ser candidato a presidente da Câmara de Santa Cruz. Nessa altura, apesar de múltiplos apelos, entendi que não devia ser a minha pessoa candidato e que devia apoiar um candidato que fosse apontado pelo meu partido, como tenho feito sempre em todas as eleições lideradas pelo MpD em Santa Cruz. Sempre estive com o meu partido MpD, desde 1990, em todas as linhas de participação política, quer em Santa Cruz quer a nível nacional”, escreve o homem que dirigiu Santa Cruz de fevereiro de 1992 a março de 2000.
Derrotado nas urnas por Orlando Sanches em 2000, de então para cá o MpD nunca mais ganhou uma única eleição neste concelho que era o seu grande bastião, sendo Santa Cruz o único concelho de Santiago liderado pelo PAICV, neste momento.
Caso os intentos de Rocha forem aceites pelo MpD, ele terá como adversário Carlos Alberto Silva, do PAICV, e atual presidente do município.
“Depois de uma profunda reflexão, de ter ouvido os conselhos dos meus familiares, dos meus amigos e de pessoas de idoneidade reconhecida, decidi aceitar, com humildade e responsabilidade, este desafio de me DISPONIBILIZAR a ser candidato em 2020, sujeitando-me, a partir deste momento, ao regulamento e normas do meu partido MPD para a escolha de candidatos. Para este efeito, já comuniquei à direção concelhia do MPD a minha DISPONIBILIDADE, solicitando que a mesma seja sujeita à decisão superior do partido”, afirma, convicto.
Pedro Alexandre entende que “o concelho precisa para sair da sua estagnação económica, social e cultural e atingir o nível de desenvolvimento que merece, atendendo ao facto de Santa Cruz ser um dos concelhos com níveis significativos de recursos naturais e humanos, mas que, infelizmente, faltou uma liderança local com capacidade e visão para promover o seu desenvolvimento”.
E coloca o foco nas pessoas. “Todo o projecto de desenvolvimento que vou propor aos munícipes de Santa Cruz tem, sempre, o forte pendor para a satisfação das necessidades das pessoas. Primeiro são as pessoas, em toda a linha da nossa acção política, porque partimos do princípio que não há desenvolvimento com pessoas vivendo em condições de pobreza extrema, faltando quase tudo para terem uma vida digna”.
Para este pré-candidato falar de pessoas “é falar, primeiramente, dos jovens desempregados que precisam de uma orientação para entrarem no mundo do trabalho, dos jovens que precisam de recursos para estudarem, para terem uma formação, o acesso ao ensino secundário e ensino superior e construírem a sua família e o seu futuro, é falar dos chefes de família sem recursos para sustentarem e educarem os seus filhos, sentindo-se abandonados pelos seus líderes locais, sem emprego e sem nenhum redimento, com tetos de casas a cair, sem portas e sem janelas, dormindo, muitas vezes, com vizinhos quando chove ou faz mau tempo, com medo de o teto e a parede ruírem sobre eles, é falar dos pescadores e peixeiras que não recebem do governo local nenhum apoio e nenhum incentivo à sua actividade económica, é falar, igualmente, dos agricultores e criadores de gado que confrontam, diariamente, com dificuldades e não vêm a presença e o estímulo dos governantes locais que deviam juntar-se a eles na busca de soluções, é falar de comerciantes e operadores económicos que enfrentam vários desafios no seu labor diário e não recebem dos líderes locais nenhum incentivo e estímulo, é falar dos nossos emigrantes que contribuem para o desenvolvimento do nosso concelho, mas que não recebem o estímulo, a orientação, o reconhecimento e o carinho das autoridades locais para promoverem o investimento emigrante”.
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