Antecipando o debate do novo plano quinquenal, a quarta sessão plenária do Comité Central do Partido Comunista da China, iniciada ontem, irá priorizar inovação, segurança nacional e fortalecimento do consumo doméstico.
O Partido Comunista da China (PCCh) iniciou nesta segunda-feira, 20, em Pequim, a quarta sessão plenária do 20º Comité Central, uma das reuniões mais decisivas deste ciclo político.
O encontro está focado na elaboração das propostas para o 15º Plano Quinquenal (2026–2030), um documento orientador do desenvolvimento económico e social da segunda maior economia do mundo, nos próximos cinco anos.
O secretário-geral do PCCh e presidente da China, Xi Jinping, apresentou o relatório do Bureau Político e o documento-base do Plano Quinquenal aos cerca de 350 membros do Comité Central. As deliberações irão estender-se até quinta-feira, 23, sendo que o texto final irá ser submetido à aprovação do Congresso Nacional Popular (equivalente a um parlamento), em março de 2026.
Aposta na “modernização socialista básica” até 2035
A sessão ocorre num período estratégico: o quinquénio de 2026 a 2030, e antecede a meta de alcançar a “modernização socialista básica” até 2035, o marco central da estratégia de longo prazo de Xi Jinping. O Plano Quinquenal deverá reforçar a inovação tecnológica, a modernização industrial e o fortalecimento da economia real, com ênfase em setores como a inteligência artificial, as novas energias, a biotecnologia e a computação quântica.
A aposta do documento orientador vai, ainda, na criação de mecanismos para sustentar o crescimento de alta qualidade, combater as desigualdades regionais e consolidar uma estrutura de bem-estar social mais ampla, com foco na educação, na saúde e na segurança.
Reformas estruturais continuam até 2029
A nova etapa de planeamento, está diretamente conectada às metas aprovadas na terceira sessão plenária do Comité Central do PCCh, realizada em 2024, onde foram definidas mais de 300 medidas para aprofundar as reformas até 2029, altura em que a República Popular da China completa 80 anos de vida.
Trata-se de medidas que incluem a criação de “forças produtivas de nova qualidade”, estímulo a indústrias do futuro e reformas no sistema financeiro, de modo a ampliar o financiamento à inovação. Mas, também, regista-se uma mudança significativa de padrão: o investimento no capital humano torna-se prioridade, em paralelo com o investimento físico, reforçando a aposta em educação e inclusão social enquanto motores da produtividade.
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