PR: “Cultura cabo-verdiana é o fio que nos congrega e transcende fronteiras”
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PR: “Cultura cabo-verdiana é o fio que nos congrega e transcende fronteiras”

Na data em que se assinala o Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, José Maria Neves defende que “a cultura cabo-verdiana é o fio invisível que nos congrega, que transcende fronteiras, línguas e geografias". Numa mensagem com alusões aos grandes nomes da cultura, ao Tubarões Azuis e à Diáspora cabo-verdiana, o presidente da República defende “um país mais unido, inovador e justo” e que Cabo Verde continue a ser “um farol de dignidade, de criatividade, de audácia e de esperança”.

No Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, que hoje (18 de outubro) se assinala, José Maria Neves dirige uma Mensagem à Nação, prestando homenagem a Eugénio Tavares, o "visionário e poeta da saudade", cujo legado é referência da identidade cabo-verdiana.

E, partindo do tema central de que "A cultura cabo-verdiana é o fio invisível que nos congrega, que transcende fronteiras, línguas e geografias", o chefe de Estado celebra uma identidade que hoje pulsa "em cada canto do mundo onde ecoa uma morna e onde se partilha um prato de cachupa", reforçando a importância estratégica da nossa Diáspora, tendo como exemplo os Tubarões Azuis.

José Maria Neves realça que esta força cultural e coesão encontrou a sua “prova cabal e a conjugação perfeita” no desporto, citando a inédita qualificação da seleção nacional de futebol - os Tubarões Azuis - para a Copa do Mundo. Para o presidente, este feito histórico é o resultado direto da união da força da Cultura com o poder da Diáspora, a qual classifica como a nossa fundamental “11.ª Ilha”. O chefe de Estado enfatiza que este sucesso, construído por talentos do arquipélago e da Diáspora, é uma “metáfora do que podemos alcançar” em todas as áreas do desenvolvimento nacional.

Reinventar a relação com a Diáspora

Apelando a um reforço e reinvenção da relação com a Diáspora, o presidente salienta que o “capital humano” cabo-verdiano, espalhado pelos cinco continentes, é um “património vivo que devemos valorizar e integrar cada vez melhor”. E, nesse sentido, José Maria Neves defende que a Cultura e as Comunidades são – juntas - o “coração pulsante” da Nação, essenciais para fortalecer uma economia baseada no conhecimento, e que a morabeza, a morna e o espírito resiliente são a “expressão mais autêntica da nossa humanidade partilhada”.

A mensagem incluiu ainda saudações ao escritor Germano Almeida, Prémio Literatura na Gala da Lusofonia 2025, e à pequena Lauryn Rose Cabral Teixeira, “criança de origem cabo-verdiana residente em Londres, reconhecida entre as 100 Crianças Prodígio Mais Notáveis do Mundo no Parlamento britânico” e laureada nos Make a Difference Awards da BBC.

Para José Maria Neves, trata-se de “exemplos luminosos do génio e da criatividade que habitam em nós”, e faz votos que “feitos como os de Germano e Lauryn “nos inspirem a investir na educação, na cultura e na imaginação”, que considera as “verdadeiras chaves” do futuro.

Um país mais unido, inovador e justo

No seu apelo final, o presidente da República exortou a que a "maré de união" impulsionada pelo sucesso desportivo dos Tubarões Azuis se converta num "djunta mon nacional" em torno de grandes desígnios como a saúde, a educação e o crescimento inclusivo. Neste cinquentenário da independência, José Maria Neves reitera que a Cultura é o fio condutor rumo à visão de Cabo Verde 2075 – um país mais unido, inovador e justo.

Considerando que “a Cultura é a forma mais bela de liberdade” e que “as comunidades são a expressão mais viva da solidariedade humana”, o chefe de Estado exprime o desejo de que Cabo Verde “continue a ser, no meio do Atlântico e do mundo, um farol de dignidade, de criatividade, de audácia e de esperança”.

Foto: PR

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