
Este Governo, desgastado sem ter trabalhado, já não serve Cabo Verde. A única solução democrática é regressar à oposição para reaprender o que significa governar e liderar com verdade. Só assim poderemos reconstruir um Cabo Verde digno, justo e fiel à visão de Amílcar Cabral um Cabo Verde onde as nossas crianças possam sonhar e viver com esperança.
A expressão krioula “sta bai kontisi” descreve, com precisão amarga, o estado da governação de Cabo Verde. No recente debate do Orçamento de Estado para 2026, esperava-se do Primeiro-Ministro lucidez, seriedade e respeito pela Nação. Em vez disso, o país e a diáspora ouviram um discurso pobre, medíocre, tudo menos pedagógico. Uma década depois, o Governo do MpD continua a prometer o que nunca cumpre.
Foram dez anos de apagão. Dez anos em que Cabo Verde perdeu brilho, perdeu rumo e voltou ao retrocesso dos anos 90. Obras estruturantes? Nenhuma. Reformas profundas? Nenhuma. Pelo contrário: apagões constantes, falta de água, saúde frágil, justiça lenta, educação degradada, agricultura e a pecuária vivem um dos seus momentos mais desesperantes, caos nos transportes marítimos e aéreos, e um país inteiro a viver sem esperança.


A promessa interminável do aeroporto de Santo Antão tornou-se o símbolo maior dessa incompetência. Anunciado, adiado e reanunciado, é o castelo no ar que este Governo, com tubo na garganta insiste em vender aos caboverdeanos. E no debate mais importante do ano, o Primeiro-Ministro escolheu novamente o caminho fácil: frases vazias, política ligeira, ausência total de responsabilidade.
Este Governo, desgastado sem ter trabalhado, já não serve Cabo Verde. A única solução democrática é regressar à oposição para reaprender o que significa governar e liderar com verdade. Só assim poderemos reconstruir um Cabo Verde digno, justo e fiel à visão de Amílcar Cabral um Cabo Verde onde as nossas crianças possam sonhar e viver com esperança.
Mas... o Cabo Verde merece muito mais do que um Governo que vive de promessas que “sta bai kontisi”… mas que nunca chegam.
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