Sigo, perseguindo / Esta vida de incertezas / À espera de algo / Que não sei o quê
No chão dessas ilhas
Áridas e secas
Nasci e cresci
No convívio com as gentes
Dos subsídios da minha cidade
Com Vila Nova a morar no meu peito
Memórias que, relíquiamente, guardadas
Esculpiram o homem que sou
Nascido para viver das letras
Nos relatos de uma vida interior
De quem já viveu quase tudo
Neste e noutros mundos, reais e imaginários
Sigo, perseguindo
Esta vida de incertezas
À espera de algo
Que não sei o quê
Mas, que me parece tão longínquo e pequeno
Para, modestamente, caber em mim
Contudo, ninguém entende que um poeta
Possa viver entre tantas vidas
Incluindo as que não viveu
E nem pretende abandonar
Simplesmente, nos relatos e mundos da sua vida interior
Sem dúvida, um grande mistério
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