
A República Popular da China é o maior credor do planeta, redefinindo o mapa financeiro internacional, investindo autênticas fortunas em projetos que têm alcance mesmo em países considerados ricos e estratégicos, incluindo os Estados Unidos da América. A informação consta de uma “radiografia” dos fluxos financeiros internacionais, elaborada por uma universidade norte-americana.
A mais recente radiografia dos fluxos financeiros internacionais, elaborada pelo laboratório AidData da Universidade William & Mary (EUA), revela que a República Popular China assume já um papel sem precedentes na arena financeira global.
Entre 2000 e 2023, Pequim desembolsou 2,2 biliões de dólares em empréstimos e doações oficiais, número este quatro vezes superior a cálculos anteriores efetuados organismos internacionais.
Pequim redefine o mapa financeiro mundial e investe biliões em projetos que têm alcance mesmo em países considerados ricos e estratégicos, incluindo os Estados Unidos da América.
O estudo desta universidade, que ganhou manchete no The New York Times, analisou mais de 30 mil projetos em 217 países, financiados por 1.193 entidades públicas chinesas, factos que redesenham o mapa das dependências económicas à escala mundial, tratando-se de uma revolução silenciosa, com efeitos já sentidos em todos os continentes.
EUA são os maiores beneficiários de investimentos chineses
A ascensão chinesa não se circunscreve a países em desenvolvimento. Três quartos das operações de crédito atuais apoiam projetos em países de alta e média renda, incluindo potências do G7. Só os países ricos receberam mil milhões de dólares.
Surpreendentemente, os EUA são os maiores beneficiários: mais de mil milhões de dólares, foram destinados a quase 2.500 projetos, que vão de terminais aéreos em Nova York a instalações de gás natural no Texas, centros de dados na Virgínia e financiamentos a gigantes como a Amazon, a AT&T, a Boeing, a Disney e a Tesla.
C/Imprensa internacional
Foto: Dreamstime
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