Intensa e majestosa. Foi assim que começou a terceira e última noite do Kriol Jazz Festival 2019. A comemorar 50 anos de carreira, o lendário Lucky Peterson pôs a plateia ao rubro com uma atuação poderosa e memorável. As sonoridades e a voz potente de Peterson encheram a noite e fizeram o público levantar-se inúmeras vezes para aplaudir de pé.
Élida Almeida e Tiloun das ilhas Reunião apresentaram o resultado do projeto Rougaiverde. Os ritmos de Cabo Verde misturaram-se com o Meloya, num entrosamento de duas gerações unidas pela música.
O artista norte-americano Stanley Clarke entrou em palco enaltecendo a beleza da ilha de Santiago e expressando a sua satisfação de cantar para o público cabo-verdiano. Com a sua banda multicultural, fez o público vibrar mas também suspirar, rendidos às notas graves e calorosas do seu imponente contra-baixo.
À imprensa Clarke declarou a sua satisfação de estar em Cabo Verde. "Quando venho a uma nova cidade procuro senti-lá. Estar aqui melhora a nossa performance, chegamos a esta parte do mundo e sentimos a cultura africana, a nossa ancestralidade. Gostamos de estar tão perto do continente", partilhou.
Mas foi Mayra Andrade quem levou a lotação da pracinha quase ao limite. Num registo mais electrónico, Mayra fez as delícias da plateia, que mostrou já conhecer bem os temas do novo álbum Manga. Também não faltaram sucessos consolidados como “Ilha de Santiago” e “Lua”, desta vez com uma roupagem mais a condizer com este novo momento musical da carreira da artista.
Um final em grande para um festival que mais uma vez marcou pela qualidade, com um cartaz que atraiu cabo-verdianos e estrangeiros vindos dos quatro cantos do mundo.
E p’ro ano haverá, com certeza, mais.
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