
Desafiando organizações internacionais, o comando militar e o autonomeado “governo de transição” da Guiné-Bissau, mantêm detidos dirigentes políticos que, no último domingo, participavam numa vigília em Gabú, frente à sede regional do PAIGC, onde exigiam a libertação dos detidos após o golpe de 26 de novembro.
Segundo várias fontes, o comando militar e o autonomeado “governo de transição” da Guiné-Bissau mantêm detidos dirigentes do PAIGC e do PRS, mas também de outras organizações políticas, que no último domingo, 14, participavam de uma vigília frente à sede regional do PAICV em Gabú.
Reunindo lideranças e militantes destes partidos, a vigília foi convocada para exigir a libertação de todos os detidos após o golpe de Estado militar de 26 de novembro, entre os quais Domingos Simões Pereira, presidente da Assembleia Nacional e líder do PAIGC.
Durante os atos de repressão aos participantes da vigília um indivíduo de nome Zé Carlos, ex-secretário de Estado da Ordem Pública do governo de Sissoco e nomeado membro do autodenominado “conselho de transição”, ordenou que os detidos fossem sujeitos a maus-tratos.
Em Bissau, membros do corpo diplomático e de organizações internacionais consideram tratar-se de um ato de desafio à União Africana, à CEDEAO e à CPLP, que condenaram o golpe, exigiram a reposição da legalidade constitucional e a libertação de todos os presos políticos.
De referir que PAIGC e PRS são, respetivamente, considerados “partidos irmãos” do PAICV e do MpD.
Foto: Captura de imagem/Youtube
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