O (des)Governo de Ulisses falha redondamente nos últimos dois pontos do ciclo governativo: legitimidade e prestação de contas. A manifestação e greve geral dos professores escancara flagrantemente a falta de legitimidade da governação nesse setor: o Governo rema em sentido diametralmente oposto à caminhada de quase 100% dos professores! Quanto à prestação de contas, UCS é o exemplo de Governo intransparente!
Os professores colocaram o (des)Governo de Ulisses Correia e Silva de joelhos ante a força que mostraram e demonstraram com a greve geral de dois dias com adesão de mais de 90% da classe.
1. Que o Governo de Ulisses é o mais fraco de toda a história do país estava evidenciado em vários estudos de opinião mas que era tão incompetente ao ponto de cavar a sua própria sepultura poucos poderiam acreditar que fosse capaz!
2. O Governo foi para a mesa de negociações apresentando uma posição de força de não cedência às reivindicações dos professores, especialmente, em relação ao famoso aumento salarial de 36,6%, comandado pelo VPM e Ministro das Finanças, quando não tinham força política para manter essa posição!
3. Os professores não se deixaram intimidar e esticaram a corda e venceram, deixando o Governo em condição de flagrante fraqueza para as próximas rodadas negociais: o Governo terá que pagar mais caro agora para conter o ímpeto reivindicatório dos professores, pois, estes já encontraram a veia que poderá fazer sangrar a popularidade do Governo até a sua agonia final!
4. Os assessores e conselheiros do (des)Governo de Ulisses estão-lhe orientando, equivocadamente, sobre o significado dos resultados eleitorais. Aparentemente, estão fazendo-lhe crer que por ter vencido as últimas Legislativas tem carta branca para governar até ao término do mandato. Essa interpretação é completamente equivocada quando se vive numa democracia tal que se requer a prova constante da legitimidade das ações dos governantes. Assim, (1) a representatividade se adquire nas urnas, (2) a governabilidade se obtém pela maioria, (3) a legitimidade é exigida diuturnamente em cada ação política da governação e (4) a prestação de contas (“accountability”) fecha o ciclo da governação e responsabilização política democrática;
5. O (des)Governo de Ulisses falha redondamente nos últimos dois pontos do ciclo governativo: legitimidade e prestação de contas. A manifestação e greve geral dos professores escancara flagrantemente a falta de legitimidade da governação nesse setor: o Governo rema em sentido diametralmente oposto à caminhada de quase 100% dos professores! Quanto à prestação de contas, UCS é o exemplo de Governo intransparente!
6. Numa democracia, por mais poder e autoridade que um Governo tenha não deve governar contra o povo, por exemplo, colocando a baioneta no peito dos manifestantes por uma razão simples: ao povo pertence a soberania e esta é indivisível, inalienável, intransferível enquanto que os governos são transitórios!
7. Quando o povo vai às ruas numa democracia, não é o povo que deve sentir medo mas sim os governantes que devem procurar o caminho de casa: em 2001, a Argentina teve cinco presidentes em 12 dias! Manifestações populares levaram a queda de sucessivos presidentes na terra do Papa Francisco! Estranho que entre nós, nem as manifestações e nem as greves provocam nem cócegas nos Ministros!
8. O (des)Governo de UCS já está cansado e esgotado ao ponto de cúpulas de suas instituições começarem a despencarem e caírem por contrariedades e descontentamentos com as respectivas tutelas;
9. Só os poucos privilegiados desse (des)Governo podem se sentir alegres e felizes com aumentos salariais que colocam seus salários em centenas de contos e podem ter motivos para aplaudirem os desmandos de UCS;
10. Por que a maioria dos cabo-verdeanos estão muito descontentes com o (des)Governo de Ulisses Correia e Silva e as greves dos professores e dos funcionários do INIDA ilustram o quanto a governação “sem djobi pa lado” está causando danos ao país!
Somando a esse descontrole governativo de UCS se juntam os casos de dengue que tendem a se espalhar pelo país e o Natal que se aproxima parece vir a ser de mais inquietação do que da desejada paz e harmonia tão desejadas para as famílias nesta época festiva.
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