Estragos em São Filipe: Nuías Silva exorta Governo a declarar estado de contingência e lança “djunta-mon”
Ambiente

Estragos em São Filipe: Nuías Silva exorta Governo a declarar estado de contingência e lança “djunta-mon”

O edil de São Filipe solicitou hoje ao Governo que declare estado de contingência no município, exigência legal para mobilizar financiamentos no quadro do Fundo Nacional de Emergência, visando suprimir os estragos causados pelas mais recentes chuvas.

O presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuías Silva, manifestou esta preocupação em conferência de imprensa, na cidade de São Filipe, motivado pelos estragos verificados na “Cidade dos Sobrados”, e considerou que a situação exige que o Governo e a câmara municipal tenham condições de repor a normalidade face aos estragos causados pelas chuvas em São Filipe.

“A dimensão e os riscos associados à situação exigem apoio e intervenção do Governo bem como a solidariedade nacional para com a ilha do Fogo e o município de São Filipe. Queremos, desta forma, apelar ao Governo, às Nações Unidas, à União Europeia e a todos os parceiros de desenvolvimento de Cabo Verde que nos ajudem a ajudar as nossas gentes e à reposição da normalidade”, realçou o autarca.

Disse que os danos causados na rede de estradas nacionais, nas vias urbanas, nos caminhos vicinais e nos muros de contenção são estruturais e revelam-se bastante significativos, tendo imposto condicionantes vários no município, para além dos “estragos causados em muitas habitações particulares que deixaram várias famílias numa condição acrescida de vulnerabilidade”.

“Todos somos unânimes que a situação afigura-se, efectivamente, crítica, assumindo contornos de risco e, como tal, tornando necessária a realização de intervenções de urgência” visando “garantir a mais célere e plena reposição das normais condições de mobilidade e de acessibilidade da população”.

Ainda, segundo Silva, a situação exige o implementar de medidas preventivas e/ou medidas especiais de reacção não mobilizáveis no âmbito municipal e que contribuam para a criação de mais resiliência e para a redução dos riscos urbanos e de desastres.

“É também do reconhecimento geral que é necessária a mobilização de fundos extra-orçamento municipal para garantir a intervenção e a reposição da normalidade em todo o município de São Filipe. A câmara municipal, sozinha, não tem capacidade financeira”, admitiu.

Para suprimir os estragados das chuvas de 07 de Setembro, disse que “serão necessários milhares de contos para repor a normalidade e construir um sistema de drenagem eficaz, nas duas principais estradas nacionais, designadamente Congresso/Santa Filomena e Congresso/Cobom, para se defender a cidade e proteger as pessoas e bens”.

Só na componente municipal para repor a normalidade, esclareceu, serão necessários aproximadamente 70 mil contos a acrescer mais milhares de contos (maior fatia) na componente nacional das Estradas, drenagem e reconstrução do centro histórico e dos trabalhos recentemente inaugurados pelo Governo.

“São Filipe, no espaço de pouco mais de um mês, registou, devido à passagem, nas três vezes (16 de Julho, 29 Agosto e agora 07 de Setembro), depressões tropicais, em condições climatéricas excepcionalmente adversas que fustigaram, com particular severidade, a cidade do município de São Filipe”.

Por tudo isto, considerou o presidente da Câmara Municipal de São Filipe, justifica que o Governo declare o Estado de Contingência em São Filipe, “à semelhança do que acontecera no ano passado (2022) com São Vicente”.

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