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São Vicente: Banco Alimentar Contra Fome sem alimentos para ajudar famílias por falta de voluntários para recolha
Sociedade

São Vicente: Banco Alimentar Contra Fome sem alimentos para ajudar famílias por falta de voluntários para recolha

O Banco Alimentar Contra Fome, da Fundação Donana, gerido em São Vicente pela delegação da Organização das Mulheres de Cabo Verde, encontra-se sem alimentos para doar por falta de voluntários para recolher os produtos nos estabelecimentos comerciais.

Esta informação foi avançada à Inforpress pela delegada da Organização das Mulheres de Cabo Verde (OMCV) em São Vicente, Fátima Balbina, que explicou que, neste momento, o Banco Alimentar Contra Fome não está a conseguir ajudar as famílias com cestas básicas porque não há voluntários para fazer a recolha nem a distribuição.

“Já tivemos fases muito boas em que fazíamos recolha duas vezes por ano. Recebíamos muitos alimentos e tínhamos um bom stock. Desde a pandemia da covid-19 não conseguimos fazer uma única recolha de alimentos nas casas comerciais por falta de voluntários porque para fazer uma recolha precisamos de 100 voluntários de cada vez”, afirmou.

Segundo Fátima Balbina, por causa deste constrangimento a OMCV tem feito peditórios pontuais e tem contado com a ajuda das casas comerciais e de outros parceiros que são responsáveis pela continuidade do projecto.

“Os valores são insuficientes para cobrir todas as famílias porque temos 160 famílias inscritas no Banco Alimentar através de associações comunitárias de zonas, mas, vamos beneficiando às vezes 30 famílias, num mês, e outras 30 noutro mês. E nalgumas vezes beneficiamos todas as famílias porque temos um grande parceiro que é a Agência Pura Vida”, acrescentou Fátima Balbina, informando que o banco conta ainda com o apoio da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias que doa mensalmente 101 mil escudos.

Conforme a mesma fonte, a responsabilidade de um banco é ter algum alimento para salvar as famílias que passam por dificuldades alimentares, mas, actualmente, a resposta está aquém do desejado.

“As dificuldades alimentares triplicaram-se e, neste momento, fazemos uma cesta básica à volta de três mil escudos, mas com pouca quantidade de alimentos porque o preço disparou e a regularidade da entrega está aquém. Mas não temos como fazer mais”, adiantou Fátima Balbina que apelou à adesão de voluntários para ajudar na continuidade do projecto.

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