
O novo comandante da Guarda Costeira, capitão-do-mar Armindo António da Graça, defendeu hoje, na Cidade da Praia, a necessidade de aquisição de meios navais e aéreos cruciais para que a Guarda Costeira possa cumprir a sua missão.
Armindo António da Graça, que tomou posse hoje, avançou, durante o seu discurso, que está a assumir o comando da Guarda Costeira com a “plena consciência dos desafios” que se colocam, prometendo dar “o máximo para superar todos e conseguir os melhores resultados possíveis”.
“(…) Dias atrás verificamos in loco o estado operacional dos meios navais que exige de nós uma atenção muito especial, a situação de algumas infraestruturas da guarda costeira e também vários projectos em carteira, para melhoria da prestação de serviço pelos marinheiros e aeronáuticos”, sintetizou.
“Somos um País mais mar do que terra, pelo que o nosso mar, que é a nossa mais importante riqueza, deve ser alvo de uma atenção muito especial”, disse o comandante, reforçando a necessidade de se ter meios capazes de fiscalizar, ainda que não a 100%, a Zona Económica Exclusiva (ZEE) e pôr cobro, assim, às ameaças que possam surgir.
Armindo António da Graça prontificou, enquanto comandante, defender e proteger os interesses económicos do País no mar, garantir a aplicação da autoridade do estado no mar, apoiar a nível aéreo e naval as operações terrestres e em filias, patrulhar o espaço marítimo, colaborar no combate à pesca ilegal, de entre outras funções e missões que lhe compete.
No entanto, assinalou que todas estas missões só serão cabalmente cumpridas se tiver meios navais e aéreos disponíveis, lamentando que os principais meios, “por infelicidade, não se encontram”, e que é preciso “reunir esforços” para que estes venham a estar operacionais o “mais breve possível”.
“Há, pois, que investir na aquisição de meios e mais importante criar as condições para que com os meios já existentes sejam feitas as manutenções conforme o calendário programado e aprovado para que estejam sempre pronto a serem utilizados”, sustentou o capitão-do-mar.
Para tal, enfatizou, urge inscrever no Orçamento do Estado as verbas necessárias para esse fim, já que, avisou, “sem esses recursos financeiros não será possível cumprir as missões atribuídas” à Guarda Costeira.
Defendeu que há que aproveitar os protocolos existentes, e quiçá tentar novos, para que o espaço de Cabo Verde, com apoios de parceiros internacionais e nacionais, esteja sempre fiscalizado.
“Outra necessidade premente para o sector marítimo é a definição clara de um sistema de autoridade marítimo, clarificando a sua composição, suas atribuições, aproveitando sinergias evitando a sobreposição de competências e duplicação de esforços que podem resultar em gastos desnecessários”, finalizou Armindo António da Graça.
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