Num tempo em que os actuais governantes exigem pedidos de desculpa pelos erros históricos do partido único, não seria igualmente urgente que pedissem desculpa por estas realidades presentes e constantes? Pelos transportes que não funcionam, pelas ligações que não acontecem, pelas embarcações que não chegam e pelos cidadãos que, abandonados, se vêem obrigados a improvisar perigosamente para não perderem tudo? Por tudo isto, o que se exige não é só justiça para o pescador, mas um compromisso real com a dignidade de quem vive nas ilhas. Que se reconheça a urgência de repensar...
A cidade de São Filipe assinalou este sãbado, 12, os 103 anos da sua elevação à categoria de cidade, com uma sessão solene da Assembleia Municipal marcada por reflexões históricas, balanços de conquistas e compromissos para o futuro.
A deputada pelo círculo eleitoral do PAICV no Maio pediu hoje ao Governo a resolução definitiva da problemática dos transportes de e para a ilha e com alternativas que cicatrizem os “difíceis e desagradáveis” momentos vividos pelos maienses.
As lojas da ilha do Brava enfrentam, neste momento, ruptura de bens de primeira necessidade devido à falta de transportes de mercadorias para a ilha e a população apela por uma solução definitiva.
Os dois novos aviões ATR-72 da TACV destinados à frota nacional deverão chegar “brevemente ao país”, anunciou hoje o presidente do conselho de administração da TACV, Pedro Barros.
A crise nos transportes aéreos e marítimos na ilha do Maio agravou-se no último fim-de-semana, obrigando um grupo de passageiros a recorrer a uma pequena embarcação de pesca para se deslocar até à cidade da Praia.
Nas campanhas falam de desenvolvimento; na prática, “desenvolvem” apenas os que se ajoelham, os que bajulam, e os que obedecem cegamente. O padrão repete-se na saúde, nos transportes, no turismo, na banca, na construção civil. Apelidos que se repetem em conselhos de administração, projectos imobiliários, privatizações silenciosas, sociedades de fachada. São os filhos da casa, os sobrinhos do sistema. E enquanto isso, o cidadão comum paga o preço literalmente. Noutros países, isto teria outros nomes: conflito de interesses, tráfico de influências, e corrupção...