O Governo aprovou um programa de 566.722 mil contos para combater a seca e o mau ano agrícola no País, com incidência nos concelhos de Porto Novo, em Santo Antão, e nos municípios do Tarrafal, São Miguel e Santa Catarina, na ilha de Santiago.
Este programa foi aprovado em reunião de Conselho de Ministros e visa reforçar a capacidade produtiva a nível da agro-pecuária, mobilização de água e criação de empregos, sendo que parte desse financiamento será feito com recursos internos do Estado e a remanescente por via ao financiamento externo.
Em conferência de imprensa hoje, na Cidade da Praia, o porta-voz do Conselho de Ministros, Fernando Elísio Freire, explicou que a área da pecuária vai ser apoiada com 97 mil contos para a manutenção da capacidade produtiva, 233 mil contos serão destinados à mobilização da água e a sua gestão sendo ainda canalizados 235 mil contos para a criação de emprego nos municípios mais afectados.
“Todos os procedimentos serão os menos burocráticos possíveis. A isso se junta ainda um conjunto de medidas que foram tomadas a nível do Orçamento do Estado que têm a ver com a melhoria da capacidade de produção agrícola, da aquisição de equipamentos agrícolas e de produção na área da pecuária”, explicou o ministro.
De acordo com Fernando Elísio Freire, o Governo acredita que desta forma “está a atenuar os problemas no mundo rural e a manter a produção agrícola em níveis que possam satisfazer as necessidades das famílias e da população”.
“O Governo está a agir em tempo, de forma estruturada e com medidas estruturantes. Este ano a situação é muito melhor do que no ano passado, porque se tomou medidas no ano passado para melhorar a situação no mundo rural”, destacou o ministro Fernando Elísio Freire reconhecendo, no entanto, que há um “conjunto de factores ao longo do ano que o Governo não consegue controlar porque a questão da seca é muito profunda e mexe com as nossas gentes”.
Fernando Elísio Freire, realçou, por outro lado, que o ano passado o programa de mitigação da seca e mau ano foi “um programa de sucesso”, embora o sucesso não significa que foi a 100 %, isto porque há sempre coisas que podem ser melhoradas.
É neste sentido, ajuntou, que o Governo tem feito um trabalho junto dos criadores de gado, dos agricultores, dos empresários do sector, nas administrações central e municipal para que o processo continue bem.
No concernente aos vales cheques que originaram muitas críticas o ano passado, o governante afirmou que continuam a ser um mecanismo na base do qual o Governo está ainda a trabalhar, porque acredita que funcionou bem e não vê motivos para a sua alteração.
Mas admite que caso sejam encontradas formas alternativas ainda mais eficazes, não terão nenhum problema em adotá-las.
Com Inforpress
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