
O primeiro-ministro reafirmou hoje as precauções tomadas pelo país após o surgimento de uma nova variante do novo coronavírus e informou que o Gabinete de Crise se reúne na terça-feira para avaliar a situação.
“Nós já tomámos algumas precauções na exigência de testes negativos à entrada para podermos salvaguardar as condições de deteção de eventuais casos, a Direção Nacional de Saúde também está a trabalhar e amanhã [terça-feira] temos o Gabinete de Crise que irá fazer uma avaliação da situação do país neste novo contexto”, disse Ulisses Correia Silva, na cidade da Praia, à margem do ato de posse do novo ministro do Mar, Abraão Vicente.
Conforme resolução do Conselho de Ministros que entrou em vigor na sexta-feira, Cabo Verde restabeleceu a obrigatoriedade de apresentação de resultado negativo de teste à covid-19 à entrada no país.
A medida é justificada com a “preocupação que a rápida dinâmica de propagação da variante Ómicron tem revelado desde a sua notificação pela primeira vez à OMS [Organização Mundial da Saúde] no passado dia 24 de novembro.
Passam assim a ser exigidos, novamente, resultados negativos para covid-19 de teste PCR realizado até 72 horas da hora de embarque ou de teste rápido de antigénio realizado até 48 horas antes, para apresentação por “todos os passageiros e tripulantes que se desloquem por meios aéreos ou marítimos em viagens internacionais com destino a Cabo Verde”, para “efeitos de entrada no território nacional”.
Esta decisão aplica-se independentemente da apresentação do certificado de vacinação, medida que desde agosto permite, nas viagens internacionais, a entrada em Cabo Verde sem necessidade de realização de teste.
“Sempre que se justifique, pode ser restringida a entrada de passageiros e tripulantes no território nacional provenientes de países que à luz dos critérios científicos possam representar maior risco, nos termos da lista a publicar pela Direção Nacional de Saúde”, prevê igualmente a resolução.
Cabo Verde tem atualmente 102 casos ativos de covid-19 e soma desde março de 2020 um total de 351 óbitos por complicações associadas à doença e de 38.450 casos positivos acumulados e 37.972 recuperados.
Até a semana passada, 82,8% das pessoas adultas já tinha recebido a primeira dose das vacinas contra a covid-19 e o país tinha a taxa de 67,6% de pessoas completamente vacinadas.
A covid-19 provocou pelo menos 5.249.851 mortes em todo o mundo, entre mais de 264,78 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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