Hoje, comemora-se, em todo o Mundo, o Dia Internacional do Voluntariado.
Cabo Verde, por ter uma população maioritariamente jovem e ser um país carente com muitas dificuldades, deveria estar na linha da frente das comemorações, e ser uma referência em boas práticas, no Continente e, quiçá, no mundo.
A Governação anterior entendeu a importância do Voluntariado em Cabo Verde!
Por essa razão, o Sistema das Nações Unidas apoiou o anterior Governo na implementação de um programa forte de voluntariado.
Foram criadas 6 Agências Regionais no País (Santo Antão, São Vicente, Fogo, São Nicolau, Santiago Sul e Norte)!
Foi criado o Corpo Nacional de Voluntários (CNV), em 2012, através do Decreto-lei nº 25/2012, de 31 de Agosto, com a instalação da Agência Nacional na Cidade da Praia.
Foi criado o Regime Jurídico Geral do Voluntariado (em 2010, através do Decreto-Lei nº 42/2010, de 27 de Setembro), com estabelecimento de direitos e deveres e também de incentivos à prática do voluntariado.
Foi criado o Passaporte do Voluntário.
A partir de 2016, depois das eleições legislativas, o novo Governo decidiu pelo desmantelamento desse Programa, lançando por terra todo o trabalho feito e o espírito de entrega e missão de milhares de jovens deste País!
Extinguiu o Corpo Nacional de Voluntários. Fechou as Agências Regionais. E engavetou todo o enquadramento jurídico desta questão no país.
Hoje, a pergunta que não se cala é a seguinte: O País ganhou? Claro que não.
Mas, mais do que o País ter perdido com esse desmantelamento - sem razão, nem motivação plausíveis - ficamos com um vazio, nessa matéria, pois, passados 3 anos, o Governo não conseguiu, ainda, oferecer absolutamente nada em alternativa ao Corpo Nacional de Voluntários. Absolutamente nada!
E o reconhecimento do papel do voluntário no desenvolvimento das comunidades, em especial, e do País, em geral, ficou comprometido.
Ficou, ainda, comprometido, com a actuação ou omissão deste Governo, toda a valorização das experiências anteriores do voluntariado juvenil e o estímulo à sua intervenção, nas áreas produtiva, social e cultural.
De facto, é preciso resgatar o País!
Artigo publicado pela presidente do PAICV, Janira Hopffer Almada, na sua página do facebook.
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