Política

Em conferência de imprensa, em Figueira das Naus, a presidente da CPR de Santiago Norte, Carla Carvalho, avançou que esta semana estiveram de visita a Santa Catarina de Santiago, principalmente na zona mais a norte do município, tendo em conta o último incêndio ocorrido no local em Abril.

E no âmbito desta visita, informou que hoje reuniram-se com a população de Figueira das Naus, tendo também visitado a localidade de Serra Malagueta, onde, passados oito meses após o incêndio, “nada mudou”.

O maior partido da oposição considera que as famílias afectadas pelo incêndio ainda não receberam nenhum tipo de apoio, e mesmo a nível da Protecção Civil não houve nenhum investimento do próprio Governo.

Além das famílias não terem recebido as suas indemnizações, conforme prometido pelo Governo, Carla Carvalho sublinhou que muitas estão a questionar e a reclamar o porquê dos seus nomes não constarem na lista dos beneficiários, uma vez que também foram afectados pelo incêndio.

Nesta questão, a CPR comprometeu-se que vai solicitar esta lista ao Governo, mas também o diagnóstico que foi feito.

“Logo a seguir à situação do incêndio, todas as estruturas locais e centrais chegaram ao local, mas depois todos se esqueceram e as pessoas afectadas aguardam pela actuação das instituições públicas”, denunciou, recordando que tanto o Governo como a câmara municipal foram eleitos para estarem próximos das pessoas e para cuidar delas.

Em particular, na comunidade de Figueira das Naus, diz que “não se sente a presença nem do Governo e nem da Câmara Municipal de Santa Catarina de Santiago”, reforçando que a nível do Governo, a população informou que a única obra que foi feita foi a estrada, e desta data até então não foi construída mais nenhuma infraestrutura.

Não obstante, esses quesitos, avançou que as pessoas pedem trabalho, apoio para as famílias, principalmente no transporte escolar, enfatizando que os pais enfrentam várias dificuldades para enviar os seus filhos à escola.

Outro aspecto apontado e que está a indignar a comunidade é a queda de uma parte do muro do cemitério local e até então a autarquia local não esteve no espaço para se inteirar da situação e muito menos arrancar com as obras.

A dirigente informou que além da CPR, também esteve presente nessas visitas o deputado nacional do PAICV pelo círculo Santiago Norte, Armindo Freitas, e que mesmo denunciando esta situação à Comunicação Social, vai levar essas questões também ao Parlamento, defendendo que é necessário que as autoridades se façam presentes na comunidade e sejam mais céleres nas respostas.