Seis deputados do grupo parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD), vão realizar entre quinta-feira e domingo as suas jornadas parlamentares descentralizadas em Portugal, segundo anunciou o partido.
O programa das jornadas parlamentares prevê encontros com os grupos parlamentares do Partido Socialista (PS), do Partido Social Democrática (PSD) e do CDS-PP (Centro Democrático Social - Partido Popular), além de uma visita de cortesia ao grupo parlamentar de Amizade Portugal/Cabo Verde.
Encontros com o embaixador de Cabo Verde em Lisboa, Eurico Monteiro, com o coordenador do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) em Portugal fazem também parte da agenda dos deputados, que irão igualmente encontrar-se com estudantes cabo-verdianos em Coimbra.
Os seis deputados do MpD, maioria no parlamento cabo-verdiano, visitarão também algumas das principais associações cabo-verdianas em Portugal, nomeadamente a Associação Cabo-verdiana de Lisboa, Moinho da Juventude, Associação Cabo-verdiana do Vale da Amoreira e Associação Girassol, onde deverão avistar-se com os doentes enviados para Portugal no âmbito da cooperação.
No sábado, participam, na Associação Cabo Verdiana de Lisboa, numa conferência a sobre os desafios e oportunidades da diáspora cabo-verdiana, da qual são oradores o empresário Manuel Chantre e o professor universitário Rui Santos.
O grupo parlamentar do MpD é presidido por Rui Figueiredo Soares, eleito pelo círculo de São Vicente, e tem como um dos vice-presidentes o deputado Emanuel Barbosa, eleito pelo círculo da Europa (Portugal).
O Movimento para a Democracia (MpD) afirma-se como um partido "centrista, aberto e interclassista", inserindo-se na Internacional Democrata do Centro (IDC), a mesma família política do PSD.
Fundado em 12 de março de 1990 e tendo como primeiro presidente Carlos Veiga, venceu a 13 de janeiro de 1991 as primeiras eleições democráticas de Cabo Verde com maioria qualificada, repetindo a vitória em 1995.
Depois de 15 anos de um regime de partido único do PAIGC/PAICV, o MpD surgiu como uma das principais forças associadas à abertura política cabo-verdiana.
Em 2001, passou para a oposição após ter sido derrotado pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), então liderado por José Maria Neves.
Regressou ao poder sob a liderança de Ulisses Correia e Silva, gestor e antigo autarca da capital cabo-verdiana, e depois de ter ganho as eleições legislativas de março de 2016 com maioria absoluta.
Com Lusa
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