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PAICV denuncia postura “perseguidora e discriminatória” do Governo em relação às câmaras lideradas pelo partido
Política

PAICV denuncia postura “perseguidora e discriminatória” do Governo em relação às câmaras lideradas pelo partido

A Comissão Política Regional de Santiago Sul do PAICV declarou este domingo, 17, na cidade da Praia, que o Governo liderado pelo MpD tem mantido uma postura “perseguidora e discriminatória” em relação às câmaras municipais daquela força política.

A acusação foi feita pelo presidente da Comissão Política Regional de Santiago Sul (CPRSS) do PAICV, Carlos Tavares, em declarações à imprensa, à margem da assembleia regional que visa a análise da situação política e funcionamento da estrutura do partido na maior região política do país.

O responsável reafirmou que, apesar das dificuldades enfrentadas pelas autarquias do PAICV ao longo deste mandato, devido à alegada “discriminação e perseguição” do Governo do MpD, elas têm demonstrado um “bom desempenho”, pelo que acredita que merecem mais um voto de confiança por parte do povo.

“Os que estão neste momento a desempenhar o seu papel vão continuar a serem candidatos para as próximas eleições porque estão a fazer um bom trabalho”, vincou

As câmaras municipais lideradas pelo PAICV, reforçou, têm tido um desempenho positivo com intervenções a nível da realidade social, mas também físico para melhoria do ambiente e de infra-estruturas, a nível urbano, e económico, apoiando iniciativas empreendedoras, sobretudo junto da camada juvenil e das mulheres, pelo que, declarou, “serão merecedores de uma nova confiança por parte da população destes três municípios”.

“Não obstante, as dificuldades que enfrentamos ao longo deste mandato e que estamos a enfrentar derivado também de termos tido um Governo perseguidor, que não ajudou as nossas câmaras municipais, discriminou as nossas câmaras municipais com dois pesos e duas medidas, só porque quem está à frente das câmaras municipais não é da mesma cor política que é do Governo”, frisou Carlos Tavares.

Conforme o presidente da CPRSS, são justas as reivindicações dos autarcas da Praia, São Domingos e Ribeira Grande de Santiago, quando fazem alguma queixa em relação à postura do Governo.

“Porque compreendemos o facto de terem que conviver todos os dias com um Governo que, para além de ser incompetente, é um Governo que tem discriminado as nossas câmaras municipais. Um Governo que persegue e que discrimina as nossas câmaras municipais, mas que não assume também as suas responsabilidades”, sustentou.

O Governo, acusou Carlos Tavares, não tem feito “nada” nesta que é a “maior” região política demográfica e económica do País, com a maior contribuição para o PIB nacional e com um papel relevante a nível do desenvolvimento nacional.

“O Governo fez um conjunto de promessas a nível de criação de infraestruturas económicas e sociais, disse que iria investir na pesca, que iríamos ter novo porto de pesca, novo complexo de pesca, que iríamos ter via rápida Praia-Tarrafal, que iríamos ter hospital nacional de referência na Praia, que teríamos salas de espectáculos para três mil pessoas parque industrial, que iríamos ter melhorias no Porto da Praia”, lembrou.

Lamentou o facto de em termos de investimentos estruturantes, o Executivo não ter “nada” para apresentar à região Sul, que se tornou “completamente esquecida e abandonada”.

“Nem o básico este Governo consegue garantir, o problema de água que nós temos a nível da região, o problemas de abastecimento da electricidade que vem colocar a nu a incompetência, a incapacidade do Governo em fornecer o estruturante e o básico para a nossa região. Quanto ao emprego, o Governo há muito que deu o dito por não dito, tirando o seu cavalinho da chuva em relação aos 45 mil empregos e para a nossa região era fundamental que o Governo cumprisse essa promessa (…), salientou.

Entretanto, fez saber que as autarquias do PAICV estão prontas para, “com confiança e com força, enfrentar as batalhas futuras” e voltar a ganhar as eleições autárquicas em Santiago Sul, mas também para continuar a dar combate político a este Governo que, no seu entender, “já não serve” Santiago Sul e Cabo Verde.

“Esse combate que vamos dar é também para substituir rapidamente este Governo para um Governo mais solidário que possa ajudar as nossas câmaras municipais e a população”, declarou.

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