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Neves nega advertência da CNE e afirma se tratar de um ato de desespero de um certo candidato
Política

Neves nega advertência da CNE e afirma se tratar de um ato de desespero de um certo candidato

A candidatura de José Maria Neves negou hoje que tenha recebido advertência da CNE, mas sim uma recomendação sobre alegado incentivo para os eleitores aceitarem dinheiro de compra de votos, motivo de queixa de Carlos Veiga. Para Neves, um certo candidato tem recorrido sistematicamente a atos de desespero, por sentir a dinâmica da sua vitória.

 “A Deliberação da CNE não condena ninguém, nem deu razão a ninguém, ao contrário do que se quer fazer crer. Emite apenas uma recomendação. É que um certo candidato, sentindo a dinâmica de vitória da candidatura de José Maria Neves, tem sistematicamente recorrido a esses atos de desespero, socorrendo-se de manipulações e calunias”, afirmou a candidatura através de um comunicado de imprensa.

A candidatura defende que tanto no passado como nestas eleições presidências, José Maria Neves tem vigorosa e sistematicamente insurgido contra a prática de compra de votos e de consciências, por entender se tratar de uma grosseira perversão da democracia.

“Na apresentação pública da candidatura, o discurso de José Maria Neres foi o mesmo de sempre: de condenação clara e inequívoca. Condenou o recurso de certos políticos a essa prática perniciosa ao dizer e cito: "ainda tem txeu politicos sem escrúpulos qui ta explora vulnerabilidade das pessoas em vésperas das eleições", cita o comunicado.

A mesma fonte diz ainda que José Maria Neves falou do cadastro social que, “como toda a gente sabe, foi utilizado nas últimas eleições legislativas, e está também a ser utilizado nestas eleições presidenciais, para fazer chantagem e condicionar o sentido do voto das pessoas”.

“Sendo que o dinheiro do cadastro social é do Estado, portanto dos cabo-verdianos, disse então José Maria Neves, citação: '….ami nca ta fla ninguém pa ka toma, porque dinhero ka è dado. è riqueza di nos tudo, è património de Cabo Verde" , refere.

José Maria Neves defende que advertiu, no entanto, para não se deixarem influenciar ao dizer, citação ". '...nu vota lá na undi nòs coraçon sa ta bati más forti" ("... vota onde o teu coração bate mais forte").

No entanto, na deliberação da CNE consta que os "membros deliberam, por unanimidade, recomendar ao candidato José Maria Neves que o exercício do já referenciado direito à promoção da sua propaganda eleitoral, ancorado na liberdade de expressão, não sendo um direito absoluto, deve respeitar as restrições legalmente impostas, nomeadamente as previstas no artigo 106.° do Código eleitoral".
 

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