Política

“A liderança do MpD decidiu convocar uma reunião da Direção Nacional para 1 de outubro. Consideramos tratar-se de uma manobra a fim de adiar as eleições internas para Presidente do Partido e, por consequência, protelar a realização da Convenção Nacional”, começou por dizer o candidato numa publicação feita na sua página oficial do Facebook.

Para Orlando Dias, não há nenhuma razão de substância para a substituição da atual secretária-geral, Filomena Delgado, a menos que esta tenha pedido a demissão ou, de algum modo, tivesse ficado incapacitada para exercer o cargo.

“Nem se justifica a eleição de um novo secretário-geral a poucos meses da Convenção Nacional, quando estatutariamente a sua eleição deve emanar da nova Direção Nacional saída da Convenção do próximo ano”, disse, acrescentando que “tampouco, o nome a ser indicado na referida reunião tem o perfil, a estatura e a integridade que devem ser apanágios de um secretário-geral”.

E, tendo em conta o “histórico de inconformidades” estatutárias desta liderança, Orlando Dias, diz que a sua equipa suspeita se a intenção não será colocar na secretaria geral do Partido alguém que tenha como missão recorrer a expedientes para falsear todo o processo eleitoral e corromper a “já débil” democracia interna.

“Não aceitamos manobras dilatórias nem expedientes para fraudar as eleições!

Que fique claro: discordamos da ordem do dia da reunião de 1 de outubro e conclamamos os dirigentes nacionais a exigirem a marcação de uma data para as eleições internas - o que deverá sair já desta reunião”, concluiu.

Entretanto, no capítulo da eleição do próximo Secretário Geral do MpD, fontes do partido no poder garantiram ao Santiago Magazine que Celso Ribeiro, eleito deputado nas lista do MpD pelo círculo eleitoral de Santiago Norte, vai candidatar-se ao cargo de Secretário Geral do partido, defrontando Luís Carlos Silva, este eleito pelo círculo eleitoral de Santiago Sul.

A candiduta de Ribeiro, a crer nas nossas fontes, poderá atrapalhar as contas de Luís Carlos Silva, que embora tido como favorito - aliás, está em campanha para conquista da simpatia dos conselheiros há já algum tempo – por ser um candidato fabricado entre os maiorais da cúpula, não goza de simpatia de grande parte dos conselheiros, podendo sair derrotado nesta batalha interna, que seria uma derrota da própria cúpula.