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Ministro da Cultura responde aos detractores. "Acordaram com o 20 de Março”
Política

Ministro da Cultura responde aos detractores. "Acordaram com o 20 de Março”

Polémica gerada por causa do anúncio do lançamento do livro “A Feiticeira de Fonte Lima”, de Abrãao Vicente, pela página oficial do Ministéro da Cultura, mereceu agora a resposta do ministro. Até JMN foi chamado ao lume.

“Quando a memória é curta...”, começa com título assim a reacção, dias depois, do Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas face às criticas de que foi alvo nas redes sociais porque o Ministério sob sua tutela publicou na sua página oficial o convite para o lançamento do livro de contos infanto-juvenil “A Feiticeira de Fonte Lima”, da autoria do proprio governante, na Biblioteca Nacional, na Praia.

Abrãao Vicente não estava no país quando o “burburinho” – como o próprio o definiu – começou, pelo que só agora, alguns dias depois, vem dar o troco às acusações de que estaria a utilizar os meios oficiais de propaganda do Governo para promover seu proprio livro. E utilizou a mesma rede social onde foi criticado para não só explicar o que sucedeu como pôr alguns ‘pontos nos iis’.

“O senso comum às vezes deve prevalecer antes de qualquer juízo de valor. Cheguei esta madrugada a terra e fui informado sobre o ‘burburinho’ sobre publicações a divulgar o lançamento do meu livro na página do Ministério da Cultura”, começa por observar Vicente, antes de apontar que sempre lançou as suas obras na Biblioteca Nacional, palco de apresentação de obras de grande arte das figuras políticas do país.

“Para mim, lançar o meu novo livro na Biblioteca Nacional é uma escolha óbvia. Como “a casa” dos livros do país e como organizadora é óbvio que aparece nos convites como organizadora e parceira. É óbvio que a equipa de comunicação poderá ter pensado que seria normal a divulgação. Estivesse eu em Cabo Verde e/ou com acesso fácil à internet esse facto jamais aconteceria. Não aconteceria porque não faz parte da minha postura, não acontecia também porque quando se trabalha com seriedade é fundamental evitar desvios de atenção daquilo que é essencial. Sei que os nossos críticos de plantão “ADORAM-ME” e tudo o que interessa são os desvios e nunca o bom trabalho. Este constatação apenas tem aprimorado a vigilância sobre os meus próprios valores e sobre a minha postura”, escreveu na página do facebook.

Posto isto, o ministro desmistifica confusões e até lembra que José Maria Neves, quando ainda era primeiro-ministro, utilizou a página oficial do Governo para também ele fazer propaganda do seu livro ‘Cabo Verde: Gestão das Impossibilidades’.

“Não posso deixar espancar este episódio para desmascarar o “cinismo” latente em muitas das criticas e posts. Para isso basta ver o que se passou com o lançamento do livro do ex primeiro -ministro. (…) Não se trata de um acto isolado, não aconteceu uma vez, não aconteceu duas vezes, foram meses de propaganda. Na altura alguém comentou ou criticou? Claro que não, os críticos e moralistas acordaram com o 20 de Março. Bem haja a liberdade!”, rematou.

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Redação