O presidente da Juventude para a Democracia (JpD) disse hoje que apoiam “firmemente” a medida do Governo que introduz o “Green Card”, porque acreditam que vai atrair mais investimentos e mais oportunidades de negócio sobretudo aos jovens.
Euclides Silva manifestou esse apoio durante uma conferência de imprensa hoje, na Cidade da Praia, para reagir às declarações proferidas esta segunda-feira, 05, pelo presidente da Juventude do Partido Africano de Independência de Cabo Verde (JPAI) sobre o Green Card.
Ao contrário do que defende a JPAI de que esta medida “implica perdas de recursos fiscais que ascendam a mais de cinco milhões de contos no Orçamento de Estado de 2018”, a JpD acredita que esta lei visa estimular investidores e reformados estrangeiros e não a perda de receitas.
Esta lei, explicou, é aplicável para aqueles que invistam na aquisição de edifícios em valor superior a 8.800 contos nos municípios com produto interno Bruto (PIB) per capita inferior à média nacional, caso das ilhas de Santo Antão, São Nicolau, Fogo, Brava, Maio e Santiago Norte, e em valor superior a 13 mil contos nos municípios com PIB per capita igual ou superior à média nacional, como é o caso da Cidade da Praia, e nas ilhas de São Vicente, Sal e Boa Vista.
“Com esta medida os jovens ganham mais emprego, mais oportunidade de criar o seu próprio negócio, e isso que é o ganho directo para a juventude cabo-verdiana e não eventual perda de receita”, defendeu.
Para Euclides Silva, é “pura má-fé” associar a lei de Green Card a benefício de “grupo bem identificado”.
Esta declaração da JPAI, conforme disse, é apenas uma táctica de lançar suspeições para desinformação da opinião pública e de tentar conotar o Governo com negócios “pouco transparentes”.
A forma com a JPAI se refere a estrangeiros, para o líder da juventude da democracia, isso denota um sentimento de complexo face às iniciativas que visem criar condições para que o país tenha mais investimentos e transmita à sociedade um “sentimento anti-estrangeiros”.
O presidente da JpD indicou que a lei não discrimina emigrantes e outros nacionais face a estrangeiros, porque a lei visa atrair investimentos financiados com divisas que entram no país para aquisição de casas para residência e atrair investidores estrangeiros para residirem em Cabo Verde e contribuir assim para aumentar o rendimento nacional.
Conforme sublinhou, os emigrantes não estão contemplados na lei de Green Card, porque estes já beneficiam dos incentivos previstos na lei e, por serem cabo-verdianos, não precisam de autorização de residência.
Entretanto, enfatizou que, pelo facto de a JpD ser uma associação política juvenil, comunga com “valores cosmopolitas” e defende uma atitude aberta ao investimento privado, nacional e estrangeiro. Por isso pede aos jovens para acolherem com “morabeza” os investidores, turistas e reformados que queiram investir e visitar Cabo Verde e residir no país.
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