Em desacordo com Emmanuel Macron, o General Pierre de Villiers apresentou hoje,19, a sua demissão enquanto Chefe de Estado Maior das Forças Armadas francesas.
O anúncio chega na sequência dos cortes orçamentais para o sector da Defesa anunciados pelo governo há um semana e depois de dias tensos entre o General e o Presidente da República.
No comunicado de imprensa que enviou à agência noticiosa francesa, AFP, o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas disse não estar, “nas circunstânciais actuais”, em condições de assegurar o modelo de forças armadas em que acredita, nem a defesa da França e dos franceses.
O anúncio de cortes de mais de 4 bilhões de euros no orçamento de 2017, não deixou de fora o sector da Defesa, onde a poupança anunciada é de 850 milhões de euros. O sector deverá sofrer vários ajustes, incluindo a suspensão de operações em território francês mas também no exterior.
Pierre de Villiers, manifestou desde a primeira hora o seu desacordo com as novas regras, mas a decisão suprema do Presidente da República prevaleceu.
Nos últimos dias e em várias ocasiões o tema mereceu duras palavras tanto do General, como de Macron, que afirmou no passado domingo que se há desentendimento entre o Presidente da Pepública e o Chefe de Estado Maior, o Chefe de Estado Maior deverá deixar o cargo.
Pierre de Villiers, que já se encontra em idade de reforma, tinha acabado de ser reconduzido no cargo por mais um ano.
Esta demissão já motivou reacções de vários sectores do país, com muitos a criticar a atitude do presidente na condução da questão, num sector chave do país, numa altura em que as Forças Armadas são chamadas a ter um papel crucial na garantia da segurança do país.
De acordo com a impresa francesa, o substituto de Villiers deverá ser conhecido ainda esta semana.
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