De ameaça a restos desintegrados, a fuselagem do Longa Marcha CZ-5B foi parar ao fundo das águas do oceano Índico. Era 1h34 (hora de Cabo Verde) quando o mergulho se deu, acabando com os receios
A trajetória de uma parte do foguetão chinês Longa Marcha CZ-5B que durante o percurso da queda descontrolada foi acompanhada com atenção em todo o mundo. Pensou-se que o destino dos restos da fuselagem poderia ser o Oceano Atlântico, perto de Portugal, mas não, o impacto deu-se de madrugada e o foi o Oceano Índico que sofreu o embate, perto das Maldivas, segundo a agência espacial da China.
"De acordo com o percurso e análise, pelas 10h24 (01h34 em Cabo Verde) de 9 de maio de 2021, o primeiro andar do foguetão Longa Marcha 5B reentrou na atmosfera", declarou o Gabinete de Engenharia Espacial Tripulada chinês, em comunicado. A informação de que o pedaço com perto de vinte toneladas desintegrou-se em fragmentos mais pequenos e espalhou-se pelo mar foi avançada pela agência espacial chinesa e confirmada pelo Comando Espacial dos Estados Unidos.
Um dos maiores objectos a reentrar de forma descontrolada na atmosfera terrestre, a queda do foguetão chinês atraiu as atenções mundiais foi seguida pelo Serviço de Vigilância e Acompanhamento Espacial da UE (EUSST) e mereceu até um alerta do Pentágono e a China não se livrou das acusações de irresponsabilidade. Utilizado para transportar um módulo habitável para a futura estação espacial chinesa, o foguetão orbitava sem controlo, viajando a 28 mil quilómetros por hora. Mas, na sexta-feira, Pequim classificara como "extremamente fraco" o risco de danos na superfície terrestre.
Fonte: Expresso.pt
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