Economia

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, falava no Parlamento durante o debate sobre “Sustentabilidade energética: perspetivas e desafios para a reconstrução de um Cabo Verde para todos”, proposto para estra sessão pelo grupo parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV).

Centrado num setor crucial para a economia de Cabo Verde e para a qualidade de vida das populações, o debate ocorre num contexto de falhas recentes no fornecimento de energia em várias ilhas, principalmente em Santiago e no Fogo.

Ulisses Correia e Silva rejeitou a ideia de um défice estrutural, sublinhando que a capacidade nominal instalada na Central do Palmarejo, na cidade da Praia, é de 70 megawatts (MW), valor que supera largamente a atual procura máxima, que se situa nos 40 MW.

Em curso, ações de investigação aprofundada

O primeiro-ministro garantiu que estão a ser implementadas medidas para estabilizar e normalizar o serviço de fornecimento domiciliar de eletricidade, através da recuperação dos grupos geradores avariados.

Não aludindo diretamente à versão posta a circular nas rede sociais de que a crise energética teria sido provocada por “sabotadores”, em resposta à “situação anormal” de frequência e tipologia das ocorrências na Central do Palmarejo, Ulisses anunciou que estão a decorrer ações de investigação aprofundada.

“Concomitantemente com os trabalhos de recuperação dos grupos de geradores, estão em curso ações de investigação das avarias na Central do Palmarejo: investigação técnica, investigação criminal e investigação cibernética, face à situação anormal de ocorrências e de tipologia das avarias registadas”, afirmou o primeiro-ministro.

Ulisses Correia e Silva relembrou, ainda, o contexto de crises externas - climáticas, sanitárias e económicas - enfrentadas por Cabo Verde desde 2016, mas defendeu que o Governo conseguiu reagir e recuperar, protegendo as pessoas e relançando a economia.

No que respeita à energia, a meta, ainda segundo o primeiro-ministro, é garantir 100% de acesso domiciliar à eletricidade, até 2026, e aumentar a produção de energia a partir de fontes renováveis "com preços acessíveis".

C/Inforpress