Os bancos cabo-verdianos registaram um lucro agregado recorde de 6,1 mil milhões de escudos (55,3 milhões de euros) em 2024, segundo dados do banco central a que a Lusa teve hoje acesso.
O valor representa mais 16% que no ano anterior, de acordo com as tabelas de Indicadores do Sistema Bancário publicadas pelo Banco de Cabo Verde (BCV), que mostram um desempenho estável da rendibilidade dos capitais próprios, ao manter-se em torno de 16%.
Noutros indicadores, o rácio de solvabilidade do setor cresceu algumas décimas e está na casa dos 24% - mantendo-se acima do mínimo regulamentar de 11,25%.
O crédito total concedido pela banca cresceu 5% para 158 mil milhões de escudos (1,4 mil milhões de euros), que é também um máximo histórico, e o crédito em incumprimento subiu 14% para 12 mil milhões de escudos (109 milhões de euros) – com o rácio entre crédito em incumprimento e crédito total a subir para 8%.
Do lado da liquidez, a banca cabo-verdiana fechou o último ano com 280 mil milhões de escudos (2,5 mil milhões de euros) em depósitos, mais 7% que em 2023.
De acordo com o BCV, o setor é composto por oito bancos de autorização genérica.
Os comentários publicados são da inteira responsabilidade do utilizador que os escreve. Para garantir um espaço saudável e transparente, é necessário estar identificado.
O Santiago Magazine é de todos, mas cada um deve assumir a responsabilidade pelo que partilha. Dê a sua opinião, mas dê também a cara.
Inicie sessão ou registe-se para comentar.
Comentários
nelson lopes, 9 de Jul de 2025
Para nós os emigrantes cabo-verdianos, especialmente os que vivem em fusos horários diferentes, o maior constrangimento é a completa inutilidade do sistema online da Caixa Económica fora do horário local de expediente — um absurdo num mundo bancário que já devia funcionar 24/7, com total autonomia digital.
nelson lopes, 9 de Jul de 2025
Estamos longe da terra, queremos aceder à nossa conta, pagar contas da família, enviar dinheiro ou simplesmente consultar o saldo — e deparamos com esse "sistema de merda" que “dorme” à noite, como se a vida parasse às 18h em Cabo Verde. Isto não é apenas um incómodo técnico, é um desrespeito profundo por uma diáspora que sustenta o país com remessas, sacrifícios e amor incondicional.nelson lopes, 9 de Jul de 2025
Por isso mudei para outro banco — porque chega de ser tratado como um cliente de segunda só porque estou fora do arquipélago. Se a Caixa Económica não consegue garantir um serviço digital decente, acessível a qualquer hora, então não merece o meu dinheiro, nem a minha confiança. Quem vive fora precisa de soluções, não de obstáculos; e se há bancos que respeitam isso, é para lá que vai o meu saldo.Responder
O seu comentário foi registado com sucesso.
João de Deus, 9 de Jul de 2025
Foda-se, é inadmissível que num país com milhões na banca e emigrantes espalhados pelos quatro cantos do mundo, a Caixa Económica continue com um sistema online que fecha às 18h como se fosse uma mercearia de bairro, enquanto o Banco de Cabo Verde assobia para o lado, todo pimpão com os rácios de solvência e os lucros recorde,
***, 9 de Jul de 2025
sem mexer uma palha para obrigar os bancos a servirem o povo como deve ser — porque regular serviços digitais e garantir acesso digno não dá prestígio internacional, mas dResponder
O seu comentário foi registado com sucesso.