BCV reúne-se com instituições de crédito
Economia

BCV reúne-se com instituições de crédito

Rodrigo Lourenço, partner da empresa internacional de auditoria KPMG, foi convidado para falar sobre “Modelos de cálculos de imparidades – Enquadramento, contexto internacional, perspectivas futuras e desafios”, no encontro de hoje, 18, com as instituições de crédito.

O Banco de Cabo Verde reúne-se esta terça-feira, 18, com os responsáveis, ao mais alto nível, de todas as instituições de crédito no país. O Encontro visa, entre outros objectivos, auscultar as preocupações das entidades supervisionadas, partilhar informações relevantes, gizar as melhores soluções para a melhoria do quadro de negócios do sector e contribuir para a estabilidade do sistema financeiro, sem descurar a promoção de uma comunicação de qualidade entre os principais intervenientes do mercado financeiro.

O programa prevê ainda uma Conferência aberta à participação de dirigentes e técnicos do sector da Banca, onde será apresentado o tema “Modelos de cálculos de imparidades – Enquadramento, contexto internacional, perspectivas futuras e desafios”, tendo como conferencista convidado Rodrigo Lourenço, Partner da empresa internacional de auditoria KPMG.

O período da tarde está reservado para uma mesa redonda restrita entre o BCV e os dirigentes do Sector Bancário. A Abertura da Conferência será presidida pelo Governador do Banco de Cabo Verde, João Serra e o Encerramento pelo Administrador Carlos Rocha.

De referir que este é o terceiro encontro que o actual Conselho de Administração do Banco de Cabo Verde realiza com as Instituições de Crédito, tendo os últimos sido efectuados em Julho de 2016 e Fevereiro de 2015.

Estabilidade financeira

Em Junho passado, o BCV divulgou o seu relatório de Estabilidade Financeira referente a 2016 em que, além de estimar um crescimento económico entre 3 e 4 por cento para 2017, perspectiva melhorias no mercado de trabalho relacionadas com o "aumento dos investimentos privados e da formação bruta de capital fixo privado, sustentada por projetos de investimento externo".

Por outro lado, segundo o BCV, é esperada uma redução dos investimentos públicos. O nível de preços deverá manter-se contido, situando-se num intervalo entre zero e 1%. O BCV projecta a recuperação do sector da construção civil e antecipa "desempenhos favoráveis" dos sectores do alojamento e restauração, da indústria transformadora e do comércio. O défice comercial deverá aumentar tal como o défice corrente, no entanto, a balança de pagamentos deverá manter o superavit, com o crescimento das reservas externas a garantir acima de seis meses de importações de bens e serviços.

"Deste modo, os riscos à estabilidade do sistema financeiro relacionados com o contexto macroeconómico e financeiro são descendentes e deverão manter-se contidos", adianta o relatório. "A previsão do crescimento do crédito à economia em torno 3%, a necessidade de contínuo saneamento do balanço dos bancos, a melhoria da confiança dos agentes económicos e o co-financiamento de empreendimentos turísticos de promotores estrangeiros, deverão favorecer a redução das restrições ao financiamento", acrescenta.

O financiamento bancário permanece concentrado face a um número restrito de depositantes, situação que, segundo o BCV, se deverá manter "no curto e médio prazo, pelo que, não se espera que os riscos associados à estrutura do sector bancário venham a agravar-se".

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