Os escritores Germano Almeida e Joaquim Arena são os cabo-verdianos convidados para participar na edição deste ano do Festival Correntes d’Escritas, que decorre na Póvoa de Varzim (Portugal), até o dia 25.
Germano Almeida e Joaquim Arena estarão amanhã, sábado, 24, no encerramento do festival Correntes 'd'Escritas, em Portugal."Deu-nos Abril o Gesto e a Palavra" e "Um Verso em Branco à Espera de Futuro" são os dois temas das mesas onde os dois escritores Joaquim Arena e Germano Almeida, respectivamente, estarão presentes no último dia do Correntes d'Escritas.
O festival de literatura, que é o maior do género na Península Ibérica, pelo grande número de participantes, comemora os 25 anos de existência e vai de 17 a 24 de Fevereiro. Joaquim Arena participa ainda na mesa, com o tema "Porque Outros se Calam Mas Tu Não (com Anla S. Portero, Alejandro Zambra, Carmen Yanez, Pilar Adón, Sandro William Junqueira, moderado por Manuel Alberto Valente), que terá lugar no Instituto Cervantes, no dia 26, em Lisboa
A liberdade, a democracia e a importância da escrita enquanto arma de luta e resistência são, este ano, o mote para o Correntes d’Escritas – Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, que recebe mais de 120 figuras literárias, de 16 nacionalidades, entre autores, tradutores, ilustradores, editores, artistas visuais e pensadores, dos quais 31 se juntam ao evento pela primeira vez.
De acordo com a organização, esta será uma edição comemorativa, “não só pelos 25 anos de Correntes d’Escritas, mas também pelos 50 anos da elevação da Póvoa de Varzim a cidade e do 25 de Abril, motivo pelo qual o programa está centrado na liberdade e na escrita enquanto veículo de resistência e luta”, temática que irá refletir-se nas 11 Mesas.
A agenda divulgada contempla ainda cerca de 70 autores, 40 lançamentos de livros, de entre os quais um do cabo-verdiano José Luiz Tavares, e o 1º Encontro de Tradutores, além da formação de professores, visitas dos escritores às escolas, concertos, residências literárias, performances, exposições, itinerâncias pelas juntas de freguesia, cinema, intervenções nas montras do comércio local e a tradicional feira do livro.
A abertura oficial do evento aconteceu, como habitualmente, no Casino da Póvoa , no dia 21, momento em que foram anunciados os vencedores dos prémios literários, com destaque para o Prémio Literário Casino da Póvoa, este ano no valor de 25 mil euros.
Esta iniciativa, que conta com a colaboração da Rede de Bibliotecas Escolares e do Centro de Formação de Professores dos concelhos da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, decorre entre os dias 20 e 24 de Fevereiro e será dedicada ao tema “Verbos de criação e colheita: ler, aprender e compreender, colaborar, semear e deixar crescer”.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Póvoa de Varzim, Luís Diamantino, fez um balanço destes últimos anos: “mais de 200 mil pessoas, mil escritores e 500 livros lançados neste que é o maior evento literário da Península Ibérica, curiosamente (ou não) realizado na Póvoa de Varzim”.
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