O novo livro de António Ludgero Correia chega ao público leitor esta quinta-feira, 11 – lançamento às 18 horas na Biblioteca Nacional, a cargo de Lígia Fonseca. “Eu, pecador, me confesso..” é o título do romance, que, apesar de ser uma obra de ficção, se assemelha a eventuais “pecados e pecadores conhecidos, nacionais ou estrangeiros, do presente e do passado”, refere o autor, vencedor do prémio Sonangol de Literatura em 2006.
O livro conta a estória de Alípio de Abrolhos, vigésimo Visconde de Abrolhos, nascido nos trópicos e fruto da miscigenação que povoou o Arquipélago dos Biscaínhos. Ele, o personagem, opta por encarar o desafio de viver em pleno o restante de sua vida, mas antes decide humanizar a história do seu percurso.
Sinopse: “Nascido nobre, fez-se trabalhador honesto, diligente e incansável, cidadão atento, político coerente, docente dedicado, amigo dos amigos, mas isso não fez dele nenhum santo. Aprontou muito. E para recomeçar a viver a vida – a pouca que ainda lhe resta, mas que acredita poder render-lhe prazeres inusitados – sentiu ter o dever e a obrigação de fazer, NA PRIMEIRA PESSOA DO SINGULAR, a confissão dos seus pecados e pecadilhos, mas sublinhando, ab initio, que não o fazia esperando alcançar absolvição ou o reino dos céus.
E desfia um rosário de pecados cometidos em sua já longa e multifacetada vida.
Sublinha que não espera o perdão dos seus pecados, mas que mantém intacta a secreta esperança de que outros pecadores botem, também, a mão na consciência e confessem os seus pecados.
E, afinal, regista um apelo a quantos se sentirem tentados a seguir o seu exemplo:
- Não hesitem; vale a pena. E sempre vos direi que é um exercício catártico para lá de bom. Sinto a cabeça limpa, a alma lavada, o espírito leve e sem aquela desagradável sensação de ter a espada de Dâmocles pendente sobre a cabeça. E acredito piamente que, se partir desta para melhor neste exato momento, o meu féretro será bem mais leve. E repousarei em paz, apesar dos pesares”.
Em declarações à imprensa dias atrás, António Ludgero Correia esclareceu que este seu mais recente romance, o nono da sua safra, “é uma obra de ficção, mas que eventuais semelhanças entre pecados e pecadores conhecidos, nacionais ou estrangeiros, do presente e do passado, não será mera coincidência”.
Referindo-se à apresentadora do livro, adiantou que Lígia Fonseca, por ser “uma pessoa que cultiva o decálogo”, que trabalha com o Código Penal, pode ter uma “visão muito interessante do livro” e ajudaria, de facto, as pessoas a compreenderem o descarrego do visconde, que é o personagem central da obra.
O “Eu, pecador, me confesso…”, note-se, é uma edição do autor e é o nono livro de Ludgero Correia. O primeiro foi “Baban - O Ladino”, que foi vencedor do prémio Sonangol de Literatura em 2006.
O lançamento de “Eu, pecador, me confesso…” acontece esta quinta-feira, 11, às 18 horas na Biblioteca Nacional. A apresentação fica por conta da advogada e ex-Primeira Dama, Lígia Fonseca.
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A equipa do Santiago Magazine