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Governo de Ulisses é fator de instabilidade social
Colunista

Governo de Ulisses é fator de instabilidade social

Não sabemos quem aconselha Ulisses e o governo, mas, seguramente, deve ser gente muito burra (ou, eventualmente, agentes infiltrados…), porque nada tem dado certo. Uma burrice, aliás, inexplicável (como quase sempre) à luz do raciocínio lógico, porque, ao contrário de tentar convencer e agregar críticos da sua própria área política e independentes, o governo e o MPD, através dos seus bandoleiros digitais, atacam toda a gente. Resultado? É previsão nossa: de 2016 para cá, o partido do governo perdeu, seguramente, metade do seu eleitorado e com uma oposição as mais das vezes congelada…

Não, não é a oposição que provoca instabilidade social em Cabo Verde, a instabilidade está no ADN deste governo que, ao invés de negociar de forma franca e aberta, tenta impor a sua vontade ao país de forma autoritária. O autoritarismo é o selo deste governo e do MPD de Ulisses Correia e Silva!

É assim: o mais empedernido autoritarismo, esconde-se sempre por detrás de um sorriso sonso e de uma retórica supostamente democrática. Está nos livros.

Querendo resolver o problema, Ulisses agravou-o

Ulisses quis arrumar de vez o contencioso com os professores, se melhor o pensou melhor o fez (isto é, pior). Assim, resolveu apresentar o decreto-lei que aprova o Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR) do pessoal docente. E ponto final!

Este primeiro-ministro julga-se um génio, uma figura providencial, e ajuizou (através do tecnocrata que tem dentro da cabeça) que tinha o problema resolvido. Não teve.

Pensando estar o presidente da República fragilizado pelo golpe institucional, orquestrado por si e pelo seu comparsa Olavo, induziu que não viria daí qualquer constrangimento… mas, mais uma vez, enganou-se e José Maria Neves vetou o diploma.

Vergonha alheia

Mesmo assim, não desistiu e, num ato de autêntica humilhação pública, de provocar vergonha alheia, produziu um fastidioso documento de sete páginas rogando ao presidente que retrocedesse. Não retrocedeu!

Desesperado, Ulisses pôs em ação os seus bandoleiros digitais, numa campanha nas redes sociais apresentando, num primeiro tempo, José Maria Neves como inimigo dos professores.

Quando os sindicatos mostraram concordar com o veto presidencial, logo tentaram virar os professores contra os sindicatos, uma missão impossível, pelo que se vê: em 19 e 20 deste mês os professores dizem presente a mais uma greve nacional.

Gente muito burra

Não sabemos quem aconselha Ulisses e o governo, mas, seguramente, deve ser gente muito burra (ou, eventualmente, agentes infiltrados…), porque nada tem dado certo.

Uma burrice, aliás, inexplicável (como quase sempre) à luz do raciocínio lógico, porque, ao contrário de tentar convencer e agregar críticos da sua própria área política e independentes, o governo e o MPD, através dos seus bandoleiros digitais, atacam toda a gente.

Resultado? É previsão nossa: de 2016 para cá, o partido do governo perdeu, seguramente, metade do seu eleitorado e com uma oposição as mais das vezes congelada…

Está na hora de irem embora

A verdade é que Ulisses e a sua turma neoliberal não conseguiram resolver nada de essencial para o País. E, não só não resolveram, como agravaram em muitos setores os problemas.

Ulisses e o governo do MPD estão no fim do prazo de validade, está na hora de se irem embora e deixarem o país respirar de alívio!

É preciso começar pelas autárquicas, passando às legislativas, levando a indignação cidadã até ao voto.

Txau, Ulisses!

 

 

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SOBRE O AUTOR

Domingos Cardoso

Editor, jornalista, cronista, colunista de Santiago Magazine

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