A ajuda foi uma necessidade nos primeiros dias pós independencia e hoje somos clientes parceiros e não competidores, porque ficamos muito ancorados á cooperação e a ajuda para o desenvolvimento, praticada no país, não debelou nem a pobreza e muito menos ainda as assemetrias regionais …não temos, ainda, uma classe empresarial forte e produtiva; o essencial da economia cabo-verdiana, nas nove ilhas habitadas, situa-se no sector informal; o transporte de pessoas bens e mercadorias, entre as ilhas habitadas, é deficiente e medíocre; não houve massificação de empregos e grande percentagem de jovens, neste país que é jovem, esta no desemprego; nem a nossa economia, nem os produtos finais são diversificados ou de alta qualidade; a competitividade de uma maneira geral é fraca e o Estado, faz ainda concorrência ao privado, em várias áreas. Várias instituições de ensino superior ministram cursos, na maioria dos casos conformistas, o país apostou e optou mais pela quantidade que pela qualidade, ficando o pequeno mercado de trabalho, com demandas ocas de técnicos médios e profissionais.
Abordar o conceito de “migrante”, para este país ilhas, coloca-nos a meio caminho entre o local de origem e o destino da vida escolhida para continuar... A transformação que se operou e que se vive em Cabo Verde, hoje, em pleno século XX! revela um grande salto na ideia de emigração e um novo contexto, que está longe da concepção traumática de outrora... embora que os candidatos á emigração estejam vivendo, pessoalmente, uma realidade que pode ser insuportavel e até a ideia recorrente de saudade é deslocada pela meta de realização de melhor oportunidade de ascensão socio profissional ou outro, mesmo que seja de indole material... Convenhemos, no entanto, que a situação maior para almejar o exodo, continua a ser, o condicionamento económico, não excluindo também o aventureirismo.
Numerosos filhos desta pequena nação arquipelágica, estão no exterior: tecnicos profissionais em varias areas, desportistas de várias modalidades, artistas e autores o êxodo dessas pessoas qualificadas, para Cabo Verde, tem de ser encarado como perda de capital humano...
Cabo Verde possui, na diáspora, factor “reserva” util necessario que associado á logica dos projectos de transformação destas ilhas, criará melhores oportunidades para este pequeno país, na sua totalidade, perspectivas para assumir melhor as consequências e desafios, tecnicos socio económicos e financeiros necessarios para a desejada passagem efectiva, á categoria de país de desenvolvimento médio, inclusivo,com mais justiça social…
Qual é outra alternativa á dependencia á cooperação e dependencia á ajuda internacional ! Situação que cria dependência, estanca a motivação e a inspiração para criar, trabalhar, imaginar iniciativas novas, tomadas de riscos…
A ajuda foi uma necessidade nos primeiros dias pós independencia e hoje somos clientes parceiros e não competidores, porque ficamos muito ancorados á cooperação e a ajuda para o desenvolvimento, praticada no país, não debelou nem a pobreza e muito menos ainda as assemetrias regionais …não temos, ainda, uma classe empresarial forte e produtiva; o essencial da economia cabo-verdiana, nas nove ilhas habitadas, situa-se no sector informal; o transporte de pessoas bens e mercadorias, entre as ilhas habitadas, é deficiente e medíocre; não houve massificação de empregos e grande percentagem de jovens, neste país que é jovem, esta no desemprego; nem a nossa economia, nem os produtos finais são diversificados ou de alta qualidade; a competitividade de uma maneira geral é fraca e o Estado, faz ainda concorrência ao privado, em várias áreas. Várias instituições de ensino superior ministram cursos, na maioria dos casos conformistas, o país apostou e optou mais pela quantidade que pela qualidade, ficando o pequeno mercado de trabalho, com demandas ocas de técnicos médios e profissionais.
Temos trabalhos muitos á frente e enfrentamos como tadas as nações deste planeta a crise sanitariria, soioeconomica de Covid -19 e temos capacidade de trabalhar, criar, inovar, imaginar…á nossa maneira e com qualidade, com a certeza porém que seremos sempre nós a “solução” aos nossos problemas. Os outros países nunca saberão debelar nosso problema de pais subdesenvolvido que não almeja ser rico mas capaz de criar vida digna e decente aos seus filhos em todas as nove ilhas habitadas.
Devemos nos interrogar-nos a nós mesmos, sobre os nossos valores, nossa capacidade e sobre o que cada um pode fazer de melhor, para a felicidade de todos os cidadãos cabo-verdianos, destas ilhas atlânticas e deixar de acreditar e depender muito das instituições internacionais e outros, controlados por países ricos e industrializados, que estão mais interessados em nós, como clientes que como concorrentes ou verdadeiros parceiros. A ajuda ao desenvolvimento, não funcionou a 100%, se visitarmos todos os cantos desta nação arquipelago, chegaremos á conclusão e visão duma hipocrisia!
A indignação vai contra o “desprezo” dos países ricos do ocidente, em relação, sobretudo á África, apresentada sempre como uma entidade única, miserável e incapaz de poder assumir seu próprio desenvolvimento. As decisões, com impactos planetário são tomadas, independentemente das opiniões dos países africanos, mas a verdade é que a África está seguindo seu ritmo. A crise mundial sanitaria e a das alterações climáticas que afectam sobremaneira, os pequenos países ilhas obriga-nos a mudar de ritmo e aqui em Cabo Verde, todos juntos, numa vontade política comum, associando activamente a diáspora cabo-verdiana a todos os projectos de modernização estariamos criando e abrindo uma nova página da história cabo-verdiana, o país é jovem, está melhor informada e estará mais bem preparada para enfrentar o futuro.
A recessão mundial, e o problema da crise sanitaria irão dificultar mais o estado das coisas, mas é necessário estabelecer, prioridades, introduzir transparência nas administrações centrais e locais e também na classe politica, que não deve confundir “agenda partidária”, com os superiores interesses do país assumindo todos, a missão e o dever de servir a nação global, definindo concretamente, as politicas a serem postas na prática e ter sempre a coragem de retroceder caminho, em caso de erros ou insuficiências, não fazendo promessas, por fazer. As medidas realizáveis, prometidas, devem ser cumpridas e aplicadas na prática, evitando acções que implicam despesas públicas inúteis ou de pouca importância ou até de importância segundária, informar e trazer a público, resultados de inquéritos, sondagens e estudos, aprofundar reformas administrativas…boa ética e maneira para se poder modernizar o país, em beneficio de todos os seus filhos.
A possibilidade de abrir uma nova página da história cabo-verdianar existe, apostando na juventude cabo-verdiana para criar condições de respostas ás perspectivas e anseios, da população cabo-verdiana, nas nove ilhas habitadas e na diáspora, a partir do primeiro dia do Novo Ano de 2022…
“… Vacine-se contra Covid -19, salve Cabo Verde …”
miljvdav@gmail.com
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