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Presidente da República diz que situação do País “é difícil” e pede “espírito positivo e destemido”  em 2022
Política

Presidente da República diz que situação do País “é difícil” e pede “espírito positivo e destemido” em 2022

O Presidente da República, José Maria Neves, considerou hoje que a situação de Cabo Verde é “difícil e impõe que todos estejam preocupados”, mas pediu aos cabo-verdianos que encarem 2022 com “espírito positivo e destemido”.

Na sua mensagem de final de ano, em que focou, sobretudo, na questão da pandemia de covid-19, o chefe de Estado cabo-verdiano sublinhou que como País “pequeno, frágil e dependente”, Cabo Verde tem de ter uma capacidade acrescida de projectar os passos a dar e, consequentemente, mobilizar todas as energias nacionais para vencer os desafios.

“Está ao nosso alcance ultrapassar os efeitos da pandemia e da seca de forma a repormos o nosso País no caminho do crescimento e do desenvolvimento inclusivo, com bem-estar para todos. Trata-se de uma tarefa ingente e dela ninguém pode demitir-se”, sublinhou José Maria Neves na sua primeira mensagem enquanto Presidente da República.

“Bem pelo contrário, este é o momento de um novo e decisivo ‘djunta-mon’ por Cabo Verde”, disse, pedindo aos cabo-verdianos que não deixem para depois aquilo que tem de ser feito agora.

Na sua mensagem, José Maria Neves destacou que num país como Cabo Verde o sentido da solidariedade social não pode nem deve ser facultativo, e demonstrou, uma vez mais, “satisfação” com “o extraordinário trabalho” realizado, sob a liderança do Governo, em matéria de vacinação contra a covid-19.

“Saúdo e agradeço o apoio da comunidade internacional. Temos, um Sistema Nacional de Saúde que funciona, com instituições sólidas, hábitos mentais arraigados e pessoal empenhado. Quando as instituições são inclusivas e capazes e os servidores se entregam denodadamente à causa pública, os ganhos são grandes e o progresso ao nosso alcance”, elogiou.

José Maria Neves realçou a necessidade de se manter os esforços nesta frente, vacinando “mais e mais”, convencendo a vacinar-se os que ainda resistem, mas igualmente mantendo firme as regras de segurança sanitária.

“Temos de proteger-nos uns aos outros. Temos de cuidar dos mais idosos, dos mais vulneráveis. A batalha contra a pandemia ainda não está ganha, pelo que não devemos baixar os braços. É importante que cada um faça a sua parte”, sublinhou.

O chefe de Estado saudou toda a Nação cabo-verdiana e de forma particular a “vasta e laboriosa Diáspora” que, segundo disse, apesar dos constrangimentos e provações, soube manter viva a sua solidariedade e o seu apoio às famílias residenciais nas ilhas, bem como as organizações de sociedade civil cujo trabalho se revelou crucial nos tempos difíceis.

“Juntos atravessámos um ano extremamente difícil, em virtude da persistente pandemia da covid-19 e os seus efeitos devastadores. Juntos resistimos. Juntos soubemos ser mais Cabo Verde”, sublinhou.

O Presidente da Republica endereçou uma mensagem de encorajamento a todos que foram mais directamente atingidos pela pandemia, inclusivamente com perdas de entes queridos.

“Para eles o meu carinho e a minha solidariedade”, disse, dirigindo-se também aos cidadãos estrangeiros presentemente em Cabo Verde, estando a viver ou a trabalhar.

Na mesma linha, endereçou uma “palavra amiga” àqueles que, nesta quadra festiva, se encontram hospitalizados, desejando-lhes rápido restabelecimento de modo a poderem regressar para junto das suas famílias e aos presos, uma “palavra de conforto”.

“É verdade que 2022 vai ser um ano difícil, que exigirá imenso de nós, individual e colectivamente. Mas quero que o encaremos com esse mesmo espírito positivo, destemido, de ganhador. Podemos e sempre vamos longe, muito longe quando somos um só. Um único Cabo Verde”, finalizou, formalizando “votos de saúde e sucessos para todos e de prosperidades para o País”.

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