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Cabo Verde: Exigência de Justiça Climática contra o Desastre Ambiental
Colunista

Cabo Verde: Exigência de Justiça Climática contra o Desastre Ambiental

Cabo Verde vive ainda, como pressuposto vitima menor, destas tragédias, que afectam a todas as nações, pois ninguém escapa…, e face á situação, que mediadas, a titulo de precaução e prevenção tomaremos, contra o ataque constante, do “mundo industrializado” e mais, “civilizado” sobre o meio ambiente, para a nossa própria sobrevivência e existência neste planeta comum?

Todos os ilhéus, como é o nosso caso, somos e seremos as primeiras vítimas dos problemas das alterações climáticas, provocadas essencialmente, por terceiros e seremos, todos, influenciados pelas perturbações e mudanças que terão impactos negativos, nos nossos projectos de “desenvolvimento socioeconómico”. O que fazer para sobreviver e com que recursos?

O sobre aquecimento global, planetário, o ataque desenfreado ao meio ambiente com as suas influências negativas e nefastas, para todos os habitantes deste planeta, traz benefícios económicos a alguns países; por exemplo, o efeito directo na quebra e perda de gelo, no polo norte, abre já hipóteses de negócios e projectos de pesquisa, exploração e extracção do petróleo sob o gelo, e a materializar-se, isso será feito por três países: Canada, Rússia e USA, já grandes poluidores... O desespero da maioria, cria mais-valia económica e neste caso exemplo específico, aos principais causadores, do desequilíbrio ambiental, do planeta, já em perigo estando todos a viver, no quotidiano “as incertezas” da crise socioeconómica e sanitária “Covid -19”

Cabo Verde vive ainda, como pressuposto vitima menor destas tragédias que afectam a todas as nações pois ninguém escapa…, e face á situação, que mediadas, a titulo de precaução e prevenção tomaremos, contra o ataque constante, do “mundo industrializado” e mais, “civilizado” sobre o meio ambiente, para a nossa própria sobrevivência e existência neste planeta comum?

Segundo resultados dos estudos, realizados pela Aliança de Pequenos Países Insulares, (Aliance of Small Islands States, “AOSIS”), que incorpora, mais de 40 países membros, dispersos nas regiões do Pacifico, Caraíbas, África e Indico, “…Os estados insulares, - nosso caso -, são e serão, as primeiras vitimas da mudança climática …(sic)” . AOSIS, representa 28% dos países em desenvolvimento, 5% da população mundial, e 20% de estados membros das Nações Unidas.

E 60% da população dos estados insulares concentram-se no litoral, desempenhando aí suas actividades governamentais e socioeconómicas vitais, nas infra estruturas portuárias e outros mais, para as nossas sobrevivências e desenvolvimento…

O problema é sério e várias alertas foram emitidas por equipas e organizações científicas, sob a forma de apresentações e resultados em conferências internacionais, o último fórum sobre o assunto aconteceu este ano, no Reino Unido, na cidade de Glasgow, com a participação activa da delegação cabo-verdiana, liderada pelo Primeiro-ministro, o fórum visou sobretudo e primeiramente actividades nocivas sobre o ambiente, causadas e praticadas principalmente pelos primeiros grandes poluidores do planeta, os países superindustrializados, encabeçados por China, USA, Índia e União Europeia, mais os países ainda “denominados” economicamente emergentes. O problema é grave e contraria as recomendações do Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e Organização Mundial do Comercio, que impõem a má receita de produzir mais, cada vez mais, e tudo exportar, sobretudo aos países pobres e em desenvolvimento, obrigando os a se orientarem à pratica e lógica perversa e brutal “do sistema” de economia neoliberal internacional!

Estas reflexões fazem-me relembrar o título de um artigo publicado no semanário A Nação, numero 355 de 19 de Junho de 2014: “… Cidade Velha vai Desaparecer no Futuro …”; extractos: “ …ainda não é caso para alarme, mas se a temperatura do planeta continuar a subir …a cidade da Ribeira Grande de Santiago ficará totalmente submersa por causa do aumento do nível da água do mar …é um cenário possível e não particularmente extremo … a água do mar cobrirá sobretudo a zona baixa da cidade … o histórico Pelourinho, … casas antigas e a Câmara Municipal … (sic)”!!

Cabo Verde, como membro da AOSIS, conjuntamente com esta instituição, deve formalizar e reclamar para a obtenção de uma verdadeira Justiça Climática, exigindo fundos e indemnizações, e mesmo, se necessário for, exigir, também, transferência de tecnologia para podermos prevenir e resistir contra o desastre ambiental, invocando motivos de sobrevivência e solidariedade aos países ricos, os causadores desses riscos e prejuízos planetários, graças às lógicas egoístas de defesa de seus próprios interesses económicos e financeiros…

“Ainda não se fez vacinar, contra Covid19! Salvar Cabo Verde depende também de si!”

 

miljvdav@gmail.com

 

 

 

 

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