O grupo – Carlos Veiga, Ulisses e Olavo – a que se veio juntar o Gualberto do Rosário, na Coordenação Económica, vendeu as maiores empresas que o Governo de Pedro Pires havia criado, assassinaram as que não conseguiram vender, como a EMPA, a SONACOR, a TRANSCOR, a JUSTINO LOPES, entre outras, entrando o nosso país no novo milénio com as calças nas mãos – sem empresas, sem dinheiro, sem credibilidade internacional e com uma dívida interna irremunerável. Votar Carlos Veiga para Presidente da República é ressuscitar esse trio que em "plena democracia" da década de 90 levou o nosso país à bancarrota. O atual Governo liderado por Ulisses Correia e Silva e Olavo Correia tudo fará para colocar o seu antigo "sócio" na Presidência da República, para que a festa seja completa.
As eleições presidenciais de 17 de outubro requerem dos cabo-verdianos muita ponderação, discernimento e sabedoria na hora do voto. De 1991, ano das primeiras eleições livres em Cabo Verde, a presente data, nenhuma eleição teve a importância na formatação do futuro do nosso país, quanto esta que está para acontecer no próximo dia 17 de outubro.
É que Cabo Verde está a ser governado por um movimento que não propugna qualquer compromisso com o bem. Sendo sincero, diria um movimento forjado para o mal. Um grupo que está nas tintas para com o futuro do país. Um movimento, cujo único interesse, é o poder pelo poder. Para proteger os seus aliados, os empresários amigos, sob a farsa do liberalismo económico e da economia do mercado, esventrando o Estado para alimentar um setor privado, que jamais garantiu porra nenhuma para ninguém neste país.
Todos os cabo-verdianos devem estar lembrados que nas eleições legislativas de 2016, Ulisses Correia e Silva, chefe do MpD e do Governo de Cabo Verde, havia prometido um executivo pequeno, de apenas 12 elementos, incluindo a sua cabeça. Argumentava, na ocasião, que com esta proposta o Estado pouparia cerca de 200 mil contos anuais, que seriam canalizados para a política da inclusão social, a formação dos jovens, entre outros programas sociais.
Palavras bonitas que sensibilizaram os cabo-verdianos e tiveram expressão nas urnas. Dois anos depois de empossado, o chefe do MpD daria o dito por não dito, nomeando de uma assentada mais 8 Secretários de Estado, elevando o seu Governo para 20 membros.
Foi uma atitude nojenta, desprezível para com os cabo-verdianos e as instituições da República. Um indivíduo, instituído do poder conferido pelo povo, desprezando esse mesmo povo, como se de coisa qualquer se tratasse.
Um político truculento, insensível, tão insensível, que até este momento não teve a hombridade de se dirigir aos cabo-verdianos para, ao menos, pedir desculpas por lhes ter imputado tamanha mentira durante a campanha eleitoral, ou tão pouco explicar-lhes as razões de tal desfeita.
Desde então, não se ouviu nem um pio sequer do Governo sobre a política social, a correção das desigualdades sociais, entre outras relíquias que foram desenterradas a partir de novembro/dezembro de 2020, quando faltavam menos de seis meses para as eleições legislativas de abril de 2021, e as possibilidades de uma derrota estrondosa eram percetíveis ao mortal mais desatento.
Efetivamente, a partir dessa data, todos os cabo-verdianos viram os maiorais do movimento fatigados, suando por todos os poros, saltando vales e calcorreando encostas e montanhas, com o cadastro social único debaixo do braço, comprando a consciência do povo, depositando dinheiro nas contas de pessoas vulneráveis, sobretudo mulheres mães solteiras, pagando energia eléctrica, água e propinas aos alunos em apuros com a formação, utilizando o tesouro público e o orçamento do Estado para comprar votos, em clara violação das regras e princípios orçamentais legalmente consagrados e os direitos, liberdades e garantias dos cabo-verdianos.
É duro, mas é preciso que a verdade seja revelada. O que aconteceu em Cabo Verde, nos últimos meses de 2020, e primeiros do ano em curso, nem o próprio diabo seria capaz de prever. Impossível presumir que um governo, num estado de direito, e democrático, seria capaz de utilizar o dinheiro do povo como moeda de troca para comprar o poder, num ato de desprezo e vitupério inaceitáveis num país que se afirma livre e independente.
(E nem estão preocupados em dar satisfação ao povo. Tanto assim é que, hoje temos o Governo mais obeso de todos os tempos - 28 membros - e o nosso Ulisses certamente já nem se lembra do seu compromisso de 2016 (12 membros) e dos 200 mil contos que iria fazer chegar aos pobres deste país todos os anos.)
Ora, os factos que entre nós aconteceram nas eleições legislativas de passado abril têm pelo menos dois atores principais – Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro, e Olavo Correia, vice-primeiro ministro e ministro das Finanças. Esses dois senhores são os principais arquitetos de todo o vitupério que Cabo Verde e os cabo-verdianos estão sendo sujeitos há já algum tempo.
E são esses dois sujeitos é que continuam a olear a máquina do cadastro social único para condicionar o voto dos cabo-verdianos mais pobres, nas eleições presidenciais do próximo dia 7 de outubro.
Os dois são cúmplices antigos do Carlos Veiga, atual candidato do MpD nas presidenciais. Os cabo-verdianos devem estar lembrados que durante a governação do Carlos Veiga, Ulisses Correia e Silva era ministro das Finanças e Olavo Correia, Secretário de Estado das Finanças. A dado momento, Olavo Correia salta para Governador do Banco de Cabo Verde, continuando o Ulisses à frente das Finanças, sendo essa a ocasião em que se verificaram as maiores atrocidades na gestão dos recursos estratégicos do Estado cabo-verdiano.
O grupo – Carlos Veiga, Ulisses e Olavo – a que se veio juntar o Gualberto do Rosário, na Coordenação Económica, vendeu as maiores empresas que o Governo de Pedro Pires havia criado, assassinaram as que não conseguiram vender, como a EMPA, a SONACOR, a TRANSCOR, a JUSTINO LOPES, entre outras, entrando o nosso país no novo milénio com as calças nas mãos – sem empresas, sem dinheiro, sem credibilidade internacional e com uma dívida interna irremunerável.
Votar Carlos Veiga para Presidente da República é ressuscitar esse trio que em "plena democracia" da década de 90 levou o nosso país à bancarrota. O atual Governo liderado por Ulisses Correia e Silva e Olavo Correia tudo fará para colocar o seu antigo "sócio" na Presidência da República, para que a festa seja completa.
Quem tem ouvidos para ouvir que ouça; quem tem olhos para ver que veja; tudo indica que o nosso país está sob perigo eminente. Cabe a cada cabo-verdiano, com o seu voto, livrar o nosso país do precipício! Tudo está nas nossas mãos! Assim como em 2001, Cabo Verde inteiro levantou-se para parar a venda do país, neste momento todos os cabo-verdianos são chamados a se levantarem para travar esse trio – Carlos Veiga, Ulisses e Olavo -, cujos tentáculos vêm detrás.
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