Os jovens da localidade de Chã da Silva, em Ribeira dos Picos, concelho de Santa Cruz, estiveram reunidos este domingo, 13 de outubro, para comemorar o primeiro aniversário da criação da associação AJADCS, mas também para discutir “a importância das associações comunitárias no processo de desenvolvimento local e central”.
O grupo é composto por quase 4 dezenas de membros, todos jovens oriundos de Chã da Silva e outras localidades vizinhas, e querem dar o seu contributo no processo de desenvolvimento da maior ribeira agrícola de Cabo Verde – a ribeira dos picos – bem como promover o desenvolvimento social e cultural das suas populações.
O presidente de direção do grupo, Alcindo Gonçalves Gomes, está confiante que os objectivos desta associação juvenil serão concretizados.
Com apenas um ano de existência, a associação já conta com uma gama variada de atividades desenvolvidas na comunidade, nos domínios do saneamento, da promoção social, com distribuição de cestas básicas e kits escolares para as famílias carenciadas, bem como apoios na reabilitação de casas ou nos trabalhos agrícolas.
Na base dessas atividades está o espírito de djunta mon e partilha, características do mundo rural e da forma de ser e estar do homem do campo, ativos que os associados querem preservar, cientes de que é na união é que se constroem as vitórias.
Aliás, no momento em que aquela localidade vai ganhar uma estrada há muitos anos sonhada e aguardada, o grupo quer estar na linha de frente no processo de redefinição do papel e da importância desta que é a maior ribeira agrícola do país no quadro do desenvolvimento do agronegócio e do turismo rural em Santiago e Cabo Verde.
Neste contexto, o grupo pretende trabalhar em parceria com os poderes públicos e o setor privado, para alavancar a autoestima local, num processo de diálogo aberto com todos, para restituir a dignidade aos investidores do setor agrícola, hoje a braços com dificuldades de vária ordem, que vão de problemas no acesso ao financiamento a falta de equipamentos e meios para o escoamento das produções agrícolas.
A partir desde primeiro ano de vida, a associação quer dar o salto qualitativo na materialização dos seus objetivos, a começar pela concepção de projetos e programas que potencializem a economia local, visando garantir a competitividade comunitária e consequentemente produzir riquezas e bem-estar coletivo.
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