Apesar de baixar quatro pontos sições no ranking, Cabo Verde é o país lusófono, em África, melhor classificado no Índice de Percepção de Corrupção 2017 (IPC), ocupando terceiro lugar ao nível do continente, diz a organização Não Governamental Transparência Internacional.
Com 55 pontos numa escala de 0 a 100, Cabo Verde fica à frente de São Tomé e Príncipe, a Guiné-Bissau, Moçambique e Angola, baixando quatro pontos face a 2016 e igualando o score de 2015, o que nos recoloca na zona mais alta que o arquipélago já esteve, facto enaltecido pela Transparency International.
Nesse Índice de Perceção da Corrupção, Cabo Verde é o terceiro país africano, seguindo-se ao Botswana (34) e Seychelles (36). O arquipélago consegue 55 pontos, numa escala de até 100 pontos, e fica na parte superior da tabela.
O documento revela que mais de dois terços dos 180 países e territórios analisados obtiveram uma pontuação abaixo dos 50 pontos, numa escala de 0 a 100.
“As transformações no Ruanda e em Cabo Verde mostram que a corrupção pode ser combatida com esforço bem sustentado”, acentua o estudo da Organização Não-Governamental Transparência Internacional, destacando que os investimentos anticorrupção, a longo prazo, em países como a Costa do Marfim e o Senegal “estão a ter resultados constantes”.
O documento sublinha, ainda, que a luta contra a corrupção continua a ser uma “tarefa forte” para os países que se encontram na cauda do índice, como Sudão do Sul e Somália.
A Transparência Internacional realça, por outro lado, que alguns países africanos têm melhores resultados do que certos Estados da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e aponta Botswana, Seychelles, Cabo Verde, Ruanda e Namíbia como estando à frente da Itália, Grécia e Hungria.
Segundo esta organização, o papel de lideranças políticas de alguns países, como o Ruanda, Cabo Verde e o Botswana mostra “que é possível viver melhor sem corrupção”.
O IPC deste ano ressalta que a maioria dos países está fazendo pouco ou nenhum progresso no fim da corrupção, enquanto análises posteriores mostram que jornalistas e activistas em países corruptos arriscam suas vidas todos os dias ao abordarem este fenómeno.
Entretanto, termina hoje em Nouakchott, capital da Mauritânia, a 31ª Cimeira Ordinária da Conferência da União Africana (UA), subordinada ao tema “Vencer a Luta Contra a Corrupção: uma via sustentável para a transformação de África”.
Segundo uma nota de imprensa do Governo a que a Inforpress teve acesso, Cabo Verde é um dos 55 países do continente que participam neste evento, fazendo-se representar pelo ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Dias Monteiro.
Com Inforpress
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