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Morreu a cantora Titina
Sociedade

Morreu a cantora Titina

Faleceu na madrugada desta sexta-feira, a cantora Titina Rodrigues, grande nome da morna e coladeira em Cabo Verde. A artista mindelense morreu, aos 85 anos, vítima de doença prolongada.

Segundo o MindelInsite, a informação avançada primeiro pela artista Ana Firmino, que confirmou a seguir àquele site. “Infelizmente não queria ser eu a portadora desta noticia, mas alguém tinha de o fazer e coube a mim, a pedido do seu filho. A nossa Titina morreu esta madrugada em Lisboa. Estava muito doente havia algum tempo. É uma grande perda para Cabo Verde”, declarou a artista. 

Natural de São Vicente, Albertina Alice dos Santos Rodrigues Oliveira de Almeida fez a sua primeira gravação aos 14 anos de idade – a coladeira “Estanhadinha” de Franck Cavaquinho, num EP com outras três músicas na voz de Djosinha - no disco Mornas de Cabo Verde.

Em finais da década de 1970, gravou um EP com acompanhamento do grupo Voz de Cabo Verde e arranjos de Paulino Vieira. E, cerca de uma década depois, saiu o EP Titina Canta B.Léza, em que a cantora interpretava unicamente músicas deste compositor. Este álbum foi reeditado em LP e depois mais duas vezes em CD, revela o MindelInsite.

A cantora participou ainda nos discos Cabo Verde canta a CPLP, Músicas de Intervenção Cabo-verdiana e Lisboa nos Cantares Cabo-verdianos, projectos temáticos de Alberto Rui Machado que, em 2008, produziu o CD que Titina lançou com o título Destino Cruel. 

Em 1991, a cantora fez uma participação na série televisiva “Por Mares nunca dantes navegados”, do realizador Carlos Avilez para a RTP. Participou ainda no programa “A língua viva” (2001) da RTP, dirigido aos Palop com o objectivo de ensinar a língua portuguesa. No teatro, em 1996, participou em “O Último baile do Império” uma produção da companhia portuguesa A Barraca, com encenação de Maria do Seu Guerra, a parte de texto do brasileiro Josué Montello. 

 

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