É a segunda mulher cabo-verdiana a merecer tal distinção. Antes, em 2015, a então ministra das Finanças, Cristina Duarte, fora também distinguida como uma das 100 personalidades mais influentes de África. Agora, é a jovem política Graça Sanches a aparecer como 34ª figura do continente.
Mais um reconhecimento internacional para a professora e ex-deputada pelo PAICV, Graça Sanches, em relação ao trabalho que vem fazendo, sobretudo no que toca ao empoderamento dos jovens cabo-verdianos, através da promoção as jovens lideranças, assim como a sua ação em prol da igualdade e equidade de géneros.
Depois de ter vencido o “Prémio Humanitário Pan-Africano sobre a Igualdade de Género e Advocacia 2016”, pelo trabalho realizado como presidente da Rede das Mulheres Parlamentares de Cabo Verde (RMP-CV), o prémio Young African Leader - MWF em 2015 e o prémio “West African Youth Award 2017”, Graça Sanches aparece a figurar na lista das 100 personalidades “mais influentes” de África em 2018, nas várias áreas como Governança, liderança, entretenimento, advocacia, educação e negócios, com 55 homens e 45 mulheres e que engloba grandes nomes africanos, divulgado nesta segunda-feira.
Graça Sanches aparece como o 34º nome em ordem alfabética, desta “Reputation Poll” para a Transparência e integridade, instituição com sede na Nigéria, numa lista onde figuram duas outras caras conhecidas dos cabo-verdianos, o Bissau-guineense, com ascendência cabo-verdiana, Carlos Lopes e Graça Machel, viúva de Samora Machel e de Nelson Mandela, também na área da liderança.
Contactada pela Santiago Magazine, Sanches revelou-se “surpreendida” com tão importante distinção e “de estar ao lado de gente como Graça Machel”, do qual diz-se admiradora, sublinhando que “realmente não esperava, sobretudo depois de ter saído do Parlamento. Mas fiquei feliz saber o meu trabalho tem tido impacto na vida das pessoas e isso é um reconhecimento e um estimulo para continuar a fazer o meu trabalho”.
Com mais esta distinção Graça Sanches está ciente de que “a responsabilidade aumenta porque as pessoas esperam mais de nós. Entretanto, afirma-se estimulada a lutar para que em nossos países (PALOP e África em Geral) haja menos desigualdades. Para que os recursos sejam distribuídos de acordo com as necessidades tanto de homens como de mulheres. Esta é a minha luta”, afiança a ex-deputada que continua a andar pelas escolas e universidades, para além das Comunidades “a falar sobre os direitos das Mulheres, igualdade e equidade de género e liderança feminina”.
Graça Sanches é professora e licenciada em História, mestre em Educação (Supervisão pedagógica) e antiga deputada do PAICV entre 2011 e 2016, tendo presidido a Rede de Mulheres Parlamentares de 2012 a 2016, onde se destacou pela sua acção em prol da equidade e igualdade de género tanto na casa parlamentar e na política em geral, como em outros quadrantes da vida social. Foi este desempenho que lhe valeu o Prémio o “Prémio Humanitário Pan-Africano sobre a Igualdade de Género e Advocacia 2016”, como acima referido.
É, também, especialista em Género e Fiscalização Legislativa com enfoque no Género e formadora em Liderança. Actualmente a completar uma formação na área de auditoria de género e planos para a igualdade na Escola de Economia e Gestão (ISEG, Lisboa) em Portugal, Sanches trabalhou até Dezembro do ano passado e após a sua saída do parlamento cabo-verdiano, como consultora no PNUD na área da fiscalização legislativa com enfoque no género, tendo interrompido, precisamente para perseguir a referida formação.
Foto: A Nação
Comentários