Covid-19. Autoridades encerram 21 estabelecimentos comerciais por incumprimentos
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Covid-19. Autoridades encerram 21 estabelecimentos comerciais por incumprimentos

As autoridades cabo-verdianas encerraram 21 estabelecimentos comerciais, a maioria na cidade da Praia, por incumprimento de várias medidas sanitárias impostas pelo país para evitar a propagação do novo coronavírus, informou esta quarta-feira, 8, fonte oficial. 

“Na semana passada, sexta, sábado e domingo, iniciámos uma intensa ação de fiscalização, principalmente no período noturno, que teve como foco os bares e os estabelecimentos. Das ações de fiscalização, 21 estabelecimentos foram encerrados por falta de cumprimento das medidas sanitárias”, informou o presidente do presidente do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros (SNPCB), Renaldo Rodrigues. 

O responsável foi à habitual conferência de imprensa sobre a covid-19 no país, na cidade da Praia, na sequência da aprovação de uma resolução por parte do Governo com diretivas de fiscalização das condições gerais de segurança sanitária. 

Segundo o presidente, há várias semanas que a Proteção Civil, em coordenação com as demais forças de segurança, tem vindo a realizar ações nos vários bairros da cidade da Praia e em outros municípios do país, com o intuito de sensibilizar e informar as pessoas e operadores económicos no tocante às medidas de higiene que terão de adotar. 

E com a entrada em vigor da resolução governamental, Renaldo Rodrigues avançou que o país entrou numa “nova fase”, de fiscalização e de rigor no cumprimento das orientações sanitárias. 

“Posso avançar que nesta fase, das ações que temos realizado no terreno, é lamentável porque a maior parte dos operadores económicos não estão a cumprir as medidas sanitárias impostas, não é só as pessoas, as empresas também não têm cumprido, daí que se impõe nesta fase aumentarmos o rigor, fazendo com que as recomendações sanitárias sejam cumpridas”, explicou. 

O presidente do SNPCB referiu que os 21 estabelecimentos encerrados não cumpriam com várias medidas, tendo sido constatado sobrelotação de espaço, bares abertos fora do horário normal de funcionamento, que é até às 21:00. 

“Daí que nesta fase se impõem ações mais enérgicas. Nesta fase a tolerância é zero porque entendemos que, de tudo aquilo que tem sido feito, em termos de sensibilização, de trabalhar com as instituições, enviar as recomendações, quando vamos fiscalizar, ver aquilo que está a ser cumprido, deparamos, na prática, que pouco ou nada tem-se feito. Daí que é necessário aumentar o rigor”, prosseguiu Renaldo Rodrigues. 

O país não está em estado de emergência, pelo que as pessoas estão a circular, mas essa circulação deve ser feita em segurança. 

Para o presidente do SNPCB, há “falhas” neste momento no país, mas que “já não se justificam”, mormente nos estabelecimentos comerciais, com “risco de contaminação progressiva”. 

“Nestas situações a tolerância será zero. O estabelecimento é encerrado, é instaurado um processo e só depois deste processo receberá ordem para reabrir e retomar as atividades”, acrescentou a mesma fonte, para quem os estabelecimentos devem-se adequar e garantir condições de segurança. 

Higienização à entrada e à saída dos estabelecimentos, ventilação, limpeza e uso de máscaras são algumas “regras básicas” que o presidente do SNPCB disse que são fiscalizadas pelas autoridades. 

Relativamente à reação dos proprietários dos estabelecimentos, Renaldo Rodrigues disse que não têm reagido com violência, já que as falhas constatadas são partilhadas com eles. 

Cabo Verde regista um acumulado de 1.499 casos de covid-19, dos quais 18 óbitos, dois doentes transferidos para os seus países, 726 pessoas consideradas recuperadas e 755 casos ativos. 

Em África, há 11.622 mortos confirmados em quase 492 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente. 

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 538 mil mortos e infetou mais de 11,64 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. 

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Com Lusa

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