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Cabo Verde precisa de mais de 26 mil novas habitações até 2030
Sociedade

Cabo Verde precisa de mais de 26 mil novas habitações até 2030

Cabo Verde tem um défice habitacional de 8,7% e precisa de 26.412 novas habitações até 2030, conforme dados do Perfil do Setor de Habitação (PSH) no país, elaborado pelo Governo e publicado no Boletim Oficial.

De acordo com o documento, o défice habitacional no país de 8,7% corresponde a 11.119 agregados familiares e 39.023 pessoas, com a ilha do Sal a ter o défice mais preocupante, de 20,2%, seguida da Boavista, com 16,3%.

Até 2020, concluiu o levantamento, Cabo Verde vai precisar de 26.412 novas casas, para uma população que o país vai ter de 621.141 habitantes, um aumento até lá de 92.439 pessoas.

A ilha de Santiago, que terá um crescimento populacional na ordem dos 50 mil habitantes, terá maior necessidade de novas casas, seguida das ilhas do Sal, Boavista e São Vicente, com 15 mil, enquanto Brava, Fogo, São Nicolau e Santo Antão terão necessidades menores.

O perfil analisou ainda o mercado imobiliário e a possibilidade de pagamento dos cidadãos por uma nova habitação, tendo concluído que apenas 14,9% dos cabo-verdianos tem acesso à moradia mais barata disponível no mercado, custando aproximadamente 2.8 milhões de escudos (25 mil euros).

A análise concluiu que 64% dos agregados familiares de baixa renda em Cabo Verde têm problemas nas suas casas, como infiltrações, falta de energia e saneamento básico.

O perfil habitacional serviu para o Governo elaborar o Política Nacional de Habitação (PNH), um documento que pretende "oferecer um caminho para o segmento habitacional, visando promover o setor, funcionando de forma inclusiva, eficiente e sustentável".

A política pretende ainda fomentar um mercado habitacional "mais acessível, competitivo e inovador, através de regulamentos, subsídios à demanda e incentivos à oferta, para que o custo da terra, infraestrutura, material de construção e habitação para venda e arrendamento seja mais acessível e respondam as necessidades habitacionais da população de baixa renda".

Entre as ações para aplicação da política está o reforço do órgão nacional responsável pela área de habitação, promover a descentralização, fomentar o papel dos municípios, instituir uma política de subsídios, estimular a iniciativa privada e da sociedade civil, promover programas habitacionais.

O executivo pede "forte articulação" com os governos locais e apoio da iniciativa privada e da sociedade civil para garantir o sucesso da Política Nacional de Habitação.

Com Lusa

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Redação