Ano lectivo arranca com normalidade mas ainda há alunos à procura de vagas
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Ano lectivo arranca com normalidade mas ainda há alunos à procura de vagas

O ano lectivo 2019/2020 iniciou-se esta segunda-feira, 23 de setembro, na cidade da Praia na “normalidade”, segundo os responsáveis, entretanto ainda se nota uma “grande procura” de vaga, por parte dos alunos, e alguns professores aguardam pela colocação.

Numa ronda feita hoje pela Inforpress a algumas escolas na cidade da Praia, deparamos com alunos do ensino secundário à procura de horário e de turmas, e outros ainda a procederem à matrícula, enquanto uns procuram por uma vaga devido à transferência.

A directora do Agrupamento 11, constituído pela Escola Secundária Constantino Semedo e pela Escola Básica Júlia Costa, Maria Madalena Rodrigues, assim como outros directores dos agrupamentos, confirmaram à Inforpress que as suas escolas ainda estão a receber muita demanda.

“Começamos bem e esperamos que continue assim até ao final. Aqui no ensino secundário ainda temos muita procura de vagas, porque São Felipe é uma zona de expansão e há muita mobilidade (…), portanto, a nossa prioridade é colocar todos os alunos”, disse à Inforpress a directora do agrupamento 11, Maria Madalena Rodrigues.

No Ensino Básico Integrado a situação é totalmente diferente, visto que a maioria dos alunos já está nas salas de aula, enquanto os alunos que frequentam o ensino básico pela primeira vez estão a familiarizar com o espaço e com os professores.

Na escola de Ponta d´Água, os pais e encarregados de educação, sem gravar entrevista, criticaram a “falta de organização, do mau estado de conservação da escola e da falta de pontualidade dos professores”, logo no primeiro dia de aula.

No agrupamento de Capelinha, na Fazenda, apesar de as aulas estarem a decorrer na normalidade, a queixa dos pais é relativamente ao “mau estado” em que se encontrar a referida escola.

Estes que quiseram ficar no anonimato denunciaram que as salas estão em “péssimas condições”, com tectos a apresentam fissuras e vários materiais desde portas, janelas, cadeiras e mesas “degradadas”.

A Inforpress constatou em frente ao edifício da Delegação do Ministério da Educação na Praia vários professores “agastados”, uma vez que ainda não receberam guia de transferência, que lhes permite saber em que escola vão ser recolocados.

Esses docentes, que preferiam não gravar entrevista, criticaram o facto de terem recebido a comunicação das transferências “há mais de um mês”, mas até ainda não tinham noção em que escolas é que vão leccionar.

Esta situação, afirmaram, tem causado alguma desorganização nas suas vidas, porque ainda não matricularam os seus filhos, outros ainda não tem uma residência e muitos ainda não procederam a mudança.

Em reacção, o delegado de Educação da Praia, Adriano Moreno, garantiu à Inforpress que “o mais tardar até amanhã” todos os professores estarão recolocados.

“Os professores já estão nas escolas e os que estão ainda em trânsito, portanto em via de transferência, estão a ser colocados e amanhã no máximo estão todos nas escolas. São professores que no sábado se apresentaram e vieram transferidos de outras ilhas e que neste momento estamos a proceder o envio para às respectivas escolas”, assegurou.

Sobre as queixas dos pais encarregados de educação da escola da Capelinha e de Ponta d´Agua, Adriano Moreira reconheceu que “são justas”, tendo afirmado que há que respeitar a lista das prioridades do Plano Nacional de Reabilitação.

“Reconheço que a escola precisa de benefícios, mas tínhamos escolas que estavam em piores estado. Das 52 escolas que temos, neste momento, já remodelamos mais de 70% das escolas que estavam em péssimo estado”, afirmou.

Entretanto, avançou que ainda este ano serão remodeladas, bem como a escola 13 de Janeiro, no Palmarejo.

Em particular, sobre a escola Ponta d´Água, informou que conseguiram o financiamento para a sua reabilitação, mas só que este chegou tarde e que não dava para iniciar as obras, pois ia condicionar o ano lectivo.

Informou ainda que o muro da escola já foi feito e que vão iniciar as pinturas, aos fins-de-semana.

Adriano Moreno pediu à comunidade que zele pela escola dos seus educandos, pois a escola de Ponta d´água vem sofrendo com actos de vandalismo.

Ajuntou que a escola da Capelinha foi assalta na madrugada de hoje, tendo os larápios agredido o guarda, mas felizmente não conseguiram levar quaisquer bens.

Nesta ronda, a Inforpress constatou uma “enchente” de pessoas nas papelarias e livrarias da cidade da Praia à procura de matérias didáctilos.

O ano lectivo 2019/2020 arrancou na cidade da Praia com cerca de 44 mil alunos e segundo informou, a delegação da Praia contempla 12 agrupamentos escolares com 44 escolas do Ensino Básico e 12 secundárias, suportados por 1.900 professores a nível do básico e mais de 400 no secundário.

Com Inforpress

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