Em Foco

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, viajou este domingo, 28, para os Estados Unidos da América (EUA), onde participou num encontro com Donald Trump, na sua residência particular Mar-a-Lago em Palm Beach, Flórida.

O presidente dos EUA declarou que as negociações sobre o conflito na Ucrânia estão em sua fase final. “Estamos na fase final das negociações e veremos o que acontece, porque, caso contrário, isso vai se arrastar por muito tempo”, disse Trump, acrescentando que, em sua opinião, ambos os lados pretendem chegar a um acordo.

Segundo a proposta de paz de 20 pontos do líder ucraniano, Zelensky quer que Kiev receba garantias de segurança nos moldes do Artigo 5 da NATO – que estabelece o princípio da defesa coletiva, afirmando que um ataque armado contra um membro é um ataque contra todos -, para dissuadir novas agressões russas, e que a Ucrânia mantenha suas forças armadas no nível atual de 800.000 soldados. O plano também exige uma data precisa para a adesão da Ucrânia à União Europeia.

O plano prevê, ainda, um auxílio de 1000 milhões de dólares para reconstruir as infraestruturas e a economia da Ucrânia no pós-guerra e prevendo a intensificação das negociações com os EUA para um acordo de livre comércio.

Zelenskyy também propõe que a Ucrânia divida o controlo da central nuclear de Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia, com os EUA, ficando a Ucrânia com metade da energia e cabendo aos EUA alocar a outra metade conforme seus interesses.

Conversa “boa e muito produtiva” com Putin

Cerca de duas horas antes da reunião com Zelensky, o presidente dos EUA teve uma conversa telefónica “boa e muito produtiva” com Vladimir Putin.

O conselheiro presidencial russo Yuri Ushakov observou que “o ponto principal é que os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos geralmente compartilham uma visão semelhante sobre o facto de que a opção proposta por ucranianos e europeus de um cessar-fogo temporário, sob o pretexto de preparar um referendo ou outros pretextos, só leva a um prolongamento do conflito e acarreta o risco de retomada das hostilidades”.

C/Opera Mundi
Foto: DR