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Provedora dos Animais de Lisboa contra eletrocussão de cães oferece ajuda à CMP
Sociedade

Provedora dos Animais de Lisboa contra eletrocussão de cães oferece ajuda à CMP

A Provedora Municipal dos Animais de Lisboa disponibilizou-se hoje para ajudar a Câmara Municipal da Praia a encontrar “soluções mais éticas à luz do conhecimento” atual para o controlo da população canina, que em Cabo Verde inclui a eletrocussão.
 
Numa carta dirigida ao presidente da Câmara Municipal da Praia, Óscar Santos, e ao vereador da Cultura, Ambiente e Saneamento dessa autarquia, António Lopes da Silva, a Provedora alerta para “a imperatividade de modernizar as estratégias de controlo populacional de animais errantes na cidade” da Praia.
 
Marisa Quaresma dos Reis referia-se à reportagem da agência Lusa sobre a forma como os cães errantes são capturados e abatidos em Cabo Verde, com recurso à eletrocussão, o que está a indignar uma parte significativa da população e levou à elaboração de uma petição contra a morte destes animais na Praia, que conta já com mais de 6.100 assinaturas.

“Esta forma de controlo populacional é desumana à luz do conhecimento que temos hoje sobre os animais e atentória da dignidade que seres sensíveis e sencientes nos merecem”, lê-se na missiva da Provedora Municipal dos Animais de Lisboa.

E prossegue: “Mais, é indigna de um país como Cabo Verde que pretende modernizar-se e acompanhar o conhecimento científico e que é conotado com valores como os da abertura, solidariedade e da paz”.

Marisa Quaresma dos Reis disponibiliza-se para ajudar a autarquia “na procura de soluções mais éticas e humanas e para estabelecer pontes entre projetos portugueses em África, como os Veterinários Sem Fronteiras Portugal, cujo objetivo é precisamente desenvolver parcerias com os países de língua oficial portuguesa”.

“Coloco também à vossa consideração a possibilidade de receberem aconselhamento e formação especializada (em Direito e em Medicina Veterinária) prestados pela Provedoria dos Animais de Lisboa”, lê-se na carta.

A Provedora reconhece que “a realidade de Cabo Verde é diferente da de Lisboa”, mas também por isso mostra-se disposta a ajudar no que “for possível”.

Na terça-feira, em conferência de imprensa na cidade da Praia, António Lopes da Silva garantiu que a intenção da autarquia é realizar campanhas de sensibilização e de esterilização, de forma a não haver necessidade de abater cães.

Ainda assim, a câmara assumiu que só em 2018 abateu por eletrocussão 1.600 cães.

Com Lusa

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Redação