O mercado municipal do Plateau vai fechar no dia 5 de Janeiro de 2018, para reorganização. O espaço reabrirá no dia 8, com novas medidas e menos comerciantes.
A gestora do mercado do Plateau, Patrícia Freire, justifica a medida alegando que se trata de pôr em prática o regulamento de organização e funcionamento do mercado municipal do centro da Cidade, documento esse que define posturas, direitos e deveres das vendedeiras e obrigações de todas as partes.
Neste momento, conforme informou aquela respinsável à agência de notícias Inforpress, o mercado está sobrelotado, devido a um grande número de comerciantes e de produtos.
De acordo com Patrícia Freira, por não ter capacidade de armazenamento e de acolher todos os comerciantes, a “praça” está a ficar cada vez mais pequena.
O mercado tem capacidade para acolher cerca de 300 vendedeiras, mas a responsável camarária informou que se pode estender até 500 vendedeiras, limite que a própria gestora do mercado admitiu estar de longe já ultrapassada. Solução: reduzir o número de vendedeiras no principal mercado da ilha. E o plano já está montado: com a redução do pessoal, vão ficar, no rés-do-chão, 252 vendedeiras de verduras, no piso “1” , dedicado a de frutas, 159, no talho, 13 pessoas, na peixaria, 34, na praça de alimentos, 32, no comércio de linguiça, 5, na venda de carne salgada, 6 pessoas, perfazendo um total de 501 titulares.
Assim, a partir do dia 5 de Janeiro, todas as vendedeiras vão ser retiradas do mercado, e, no dia seguinte, vai ser feito todo o trabalho de limpeza e desentupimento dos esgotos e arrumação das bancas, para que no dia 08, voltem apenas as vendedeiras que estão na lista.
Com a reabertura do mercado, todas as vendedeiras vão passar a usar uniformes, cartão de sanidade, crachá de identificação, onde, através de um “software”, é possível ver todos os dados do comerciante, inclusive, se têm ou não as cotas em dia.
Vão ser ainda introduzidas balanças digitais, pois, de acordo com a responsável, as balanças usadas pelas comerciantes não estão aferidas.
A gestora do mercado do Plateau anunciou, ainda, a introdução de cortadores eléctricos no Talho e instalações de novos quiosques para as doçarias, linguiça e carne salgada.
A fonte adiantou que vão ser retirados todos os bens que os comerciantes levam para o mercado, como frigoríficos, baldes, entre outros.
“Estamos a sensibilizar os comerciantes que devem trazer somente aquilo que conseguem vender no dia, porque quando trazem tudo para o mercado, com objectivo de armazenar ali, isso acaba por criar uma grande desordem, as bancas ficam sobrelotadas, as vendedeiras não sentam nos lugares apropriados, condicionando os corredores e os utentes ficam condicionados a fazer compras”, disse.
Ainda para o bom funcionamento do mercado, a autarquia está a trabalhar na reciclagem dos comerciantes, com formação na área de marketing de venda, manuseamento dos alimentos, higiéne pessoal, organização pessoal e financeira.
Patrícia Freire afirmou que estão a incentivar a alfabetização dos comerciantes e que, neste momento, 85 comerciantes estão interessadas em participar nas aulas, mas ainda aguardam uma decisão da Coordenação de Educação para os Adultos.
As vendedeiras que vão ser retiradas do mercado municipal do Platô vão ter de se instalar em mercados alternativos da capital, nomeadamente Cotxi Pó, Mercados de Achadinha e de Vila Nova, segundo Patrícia Freire.
Com Inforpress
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