Há dias li um belo texto do meu amigo Hélio Varela sobre o tempo das lideranças e a importância de cada um de nós sermos obrigados nos dias de hoje a exercermos o nosso potencial de liderança. E é relembrando a riqueza desse texto que começo a ficar angustiado com alguns posicionamentos por parte de uma certa liderança política, sobre este momento especial por que passa o nosso país .
A tal liderança politica parece distante de um genuíno empenho em apoiar as medidas do governo e muito mais focada numa agenda pessoal e de contabilidade de ganhos políticos.
E por estes dias, todos assistimos, estupefatos a este espetáculo politico degradante e a este deambular repentino pelas instituições, em visitas despropositadas, quando o momento reclama recato e contenção.
O que a liderança politica pretende mesmo todos nós já sabemos: alguns minutos de antena na imprensa nacional para posicionamentos esdrúxulos a confundir a opinião pública nacional. Finge-se preocupada com o estado de saúde da Nação, mas na verdade deixa transparecer uma grande infidelidade ao dever de cooperação num tempo em que o País exige convergência e sentido de Estado.
Sem ideias, com propostas desmedidamente populistas, continua a tal liderança na mesma cruzada de desacreditar as medidas do governo visando conter a expansão da pandemia no nosso país. Aproveita cada minuto da crise para lançar mais caos e desalento na sociedade para o gáudio de, felizmente, uns poucos. Umas vezes discorda de tudo e de todas as políticas do governo e promove retóricas ambíguas e sem sentido. Outras vezes, não enxergando o ridículo, pretende substituir o governo propondo medidas irresponsáveis para engodo dos mais incautos. Mas, devia esta liderança perceber, que se o governo falhar, falhamos todos e falha o País, e que por isso mesmo o melhor caminho é um inequívoco e genuíno apoio às medidas deste governo e propostas articuladas para juntos vencermos esta crise.
Não sendo político, sempre encarei a política como um ato nobre que exige serenidade e convergência, sobretudo nos momentos em que o país reclama de nós todos o melhor que pudermos e soubermos. Pelo que em tempo de crise as agendas pessoais não podem sobrepor-se às causas da Nação e acima de tudo é tempo sim de nos convergirmos com a ação governativa para regressarmos rapidamente á normalidade. Agora não é o tempo da politica nem dos políticos, não é o tempo nem do MpD, PAICV, UCID ou PP. É o tempo de Cabo Verde em que cada caboverdeano é um soldado desta batalha difícil que temos de vencer.
E se num momento frágil para o país, uma determinada liderança continua a manter o seu registo quezilento e egoísta na forma de estar na política, então todos aqueles que estão a seu lado devem ter a coragem de dizer-lhe, fikanakasa sim ma fikakalada!!
Porque nós vamos vencer a crise!!
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