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Estado de Emergência. JCF diz que deixou de ser "um presidente junto das pessoas"
Política

Estado de Emergência. JCF diz que deixou de ser "um presidente junto das pessoas"

Jorge Carlos Fonseca admitiu hoje que o país, em estado de emergência, vive “momentos de exceção”, pedindo à população para se adaptar e admitindo que teve de deixar de ser “um Presidente junto das pessoas”.

O país cumpre hoje o quarto dia, de 20 previstos, de estado de emergência para conter a pandemia da covid-19, com a população obrigada ao dever geral de recolhimento, com limitações aos movimentos, empresas não essenciais fechadas e todas as ligações interilhas suspensas.

“Estamos a viver momentos de exceção, num estado de emergência. Devemos ter isso sempre em mente, em todas as circunstâncias. Somos obrigados a adaptar a nossa vida, as nossas rotinas, os nossos métodos de trabalho, o nosso modo de expressar e manifestar afetos, ao estado de exceção em que estamos para o nosso bem individual, familiar e coletivo, como povo”, afirmou Jorge Carlos Fonseca, numa nota.

Neste cenário, e quando Cabo Verde regista seis casos de covid-19 e um óbito, o chefe de Estado, que decretou o estado de emergência pela primeira vez na história do país, apelou: “Devemos, a cada momento, perante cada dificuldade ou opção de decisão, ter em conta as prioridades, o essencial face ao acessório”.

Na mensagem, Jorge Carlos Fonseca deu o seu exemplo: “Como Presidente da República tenho de me adaptar: trabalhar com muito menos pessoas fisicamente no local de trabalho; deixar temporariamente de exercer uma magistratura próxima das pessoas, de ser um ‘Presidente junto das pessoas’ - ou procurar sê-lo de outra forma, de outro jeito”.

Por último, e numa altura em que o Governo está a lançar vários programas e medidas para minimizar as consequências da crise económica que já se sente no arquipélago, totalmente fechado a voos do exterior, devido à pandemia da covid-19, Jorge Carlos Fonseca apelou a que não sejam esquecidos os que, com as “restrições” agora impostas, enfrentam um “agravamento sensível das condições de sobrevivência”.

“E, na medida do possível, deveremos ser sempre mais ágeis, mais expeditos, mais pragmáticos”, afirmou o chefe de Estado.

O número de mortes devido à covid-19 em África subiu para 173, com os casos confirmados a ultrapassarem os 5.000 em 48 países, de acordo com as estatísticas sobre a doença no continente.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 828 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 41 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 165 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Com Lusa

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Redação