A presidente do PAICV, Janira Hopffer Almada (JHA), utilizou a sua página do facebook para alertar o país sobre eventualidade de se estar perante a dilapidação de bens públicos, em reação à notícia relacionada com a venda do Liceu da Várzea. “Porque, de facto, o que está acontecer é uma autêntica venda da terra, numa reedição daquilo que aconteceu na década de 90”, afirma em jeito de conclusão.
Na sua reação, a líder do maior partido da oposição, trouxe à baila "a concessão do transporte doméstico em regime de monopólio, a venda da TACV, e o anúncio da venda da Electra e a concessão dos aeroportos".
“Primeiro, e nos transportes, deram o nosso mercado doméstico, em monopólio, sem qualquer contrato. Depois, venderam a Companhia de Bandeira a preço de rifa. E nem sequer receberam, pela venda, um tostão! Agora, vendem o Liceu da Várzea. Depois, será a venda (já anunciada) da Electra. A seguir promoverão a concessão (já anunciada) dos nossos Aeroportos”, observa Janira Hopffer Almada, para questionar que “Terra teremos, depois, para os cabo-verdianos”, se se continuar esta saga de venda e concessões de bens públicos.
A presidente do PAICV, que fez questão de reconhecer que “toda e qualquer Embaixada ou Representação Diplomática tem o direito a espaços dignos para construção”, defende, no entanto, este direito não deve ser materializado “à custa do património edificado do Estado”.
“Será que a Cidade da Praia não tinha mais nenhum espaço para albergar uma Embaixada? Será que tínhamos mesmo de vender um Liceu que foi localizado estrategicamente para servir diversas Comunidades? Será que o dinheiro está acima de tudo? Se o Governo legitimamente escolhido pelo Povo, não protege esse mesmo Povo, quem é que protegerá?”, pergunta JHA, para quem “o povo escolheu o governo para governar e não para vender o nosso país”.
Para a presidente do PAICV, “é hora de o Povo começar a mostrar a este Governo que quem manda nesta Terra é cada cabo-verdiano que, com o seu voto, deu um mandato ao MpD para governar e não para delapidar. Já é hora de todos e cada um começar a tomar partido e posição, sob pena de amanhã ser tarde demais”.
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