Terreno de Pinto Teixeira. MpD acusa PAICV de estar a manchar imagem do Governo e do país
Política

Terreno de Pinto Teixeira. MpD acusa PAICV de estar a manchar imagem do Governo e do país

O Movimento para a Democracia (MpD) acusou hoje o PAICV de estar a manchar a imagem do Governo e de Cabo Verde, já que elegeu a fragilização do Estado de direito como sua bandeira.

A acusação foi feita em conferência de imprensa, na Cidade da Praia, pelo secretário-geral do MpD, Miguel Monteiro, que reagia às acusações feitas hoje pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), através do seu vice-presidente Rui Semedo, sobre a suposta fragilização do Estado de direito democrático.

“A actual liderança do PAICV tem insistido numa forma de fazer oposição que nenhuma mais-valia traz ao debate político, à fiscalização da actividade governativa e à sua afirmação enquanto alternativa. Pelo contrário, estriba-se numa ideia obsessiva de denegrir a imagem do Governo, mesmo que tal investida atinja de forma irresponsável a imagem do país”, frisou o secretário-geral.

Segundo Miguel Monteiro, o maior partido da oposição elegeu a “fragilidade do Estado de direito como a sua bandeira”, apoiando-se em “afirmações e insinuações” repetitivas como a “violação da Constituição, o condicionamento do direito da oposição, a violação de direitos e a falta de transparência na gestão da coisa pública”, com o objectivo de ganhar a credibilidade junto dos cabo-verdianos.

Conforme Miguel Monteiro, na conferência de imprensa dada hoje por Rui Semedo, o PAICV deixa “cair a máscara” no caso de aquisição de terreno por parte do ex-embaixador da União Europeia em Cabo Verde, José Manuel Pinto Teixeira, à Câmara Municipal da Praia, quando assume-se como o responsável pela “maquinação política” criada à volta do negócio e “não esconde a sua raiva contra o português”.

Em vez de colocar questões que ao mesmo tempo são “afirmações irresponsáveis”, Miguel Monteiro considerou que o PAICV deveria, tendo tanta a certeza naquilo que diz, apresentar aos cabo-verdianos provas das suas acuações, já que as instituições da União Europeia já disseram que iriam analisar o caso se houvesse algum tipo de acção “menos correcta”, no âmbito da denúncia feita pela eurodeputada Ana Gomes.

Por outro lado, é de opinião que hoje em conferência de imprensa, o vice-presidente do PAICV transformou uma proposta de Código de Ética dos trabalhadores da Rádio Televisão Cabo-verdiana (RTC) em “machadada na liberdade de imprensa” e em consequência, “destila a sua raiva” no Governo e no ministro da tutela, Abraão Vicente.

Em relação ao Código de Ética, Miguel Monteiro lembrou que é um documento que está a ser opinado pelos trabalhadores e pelo que sabe que é um documento que foi buscar práticas às outras instituições “credíveis” internacionais, reiterando que o memento é do debate dos trabalhadores da empresa sobre o mesmo, acusando o PAICV de “tentativa de pressão e enviesar o debate.

“A ânsia de transmitir para os cabo-verdianos e para as instituições estrangeiras uma imagem de um Governo que atropela o Estado de direito e a transparência tem tornado a actual liderança do PAICV numa figura despreparada para fazer oposição democrática e muito menos para ser alternativa ao actual Governo”, argumento Miguel Monteiro.

Para ele, a actual liderança do PAICV está a acusar os outros de falta de transparência na gestão da coisa pública e a criar um ambiente de “caos”, para poder “passar de fininho” sobre dossiês que começam a conhecer “mãos da justiça”, como é a gestão do Banco da Cultura e do Fundo do Ambiente.

Com Inforpress

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